Foi anunciado, na última sexta-feira (11), um reajuste de 35% no piso salarial dos professores da rede pública estadual de Pernambuco. Esse reajuste é determinação do Ministério da Educação que publicou, em 21 de janeiro, o novo valor do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN). O piso passará a ser R$ 3.845,63.
A definição aconteceu após manutenção do crédito previsto na atual Lei 11.738 de 2008, que estabelece que os ajustes devem acontecer anualmente, em janeiro. Segundo a Secretaria de Educação Básica (SEB), do Ministério da Educação, mais de 1,7 milhão de docentes serão beneficiados em todo o país. Esta é a maior correção salarial concedida à classe desde o surgimento da Lei do Piso em 2008.
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A notícia anima os educadores, mas, para eles, esse é apenas um passo no caminho da valorização categoria. Um deles é Diogo Henrique, professor da rede pública estadual de Pernambuco. “A gente fica contente sempre que tem uma melhora financeira ou uma melhora de uma escola. Isso é muito gratificante para nós enquanto professores. Mas precisamos e devemos ser cada vez mais reconhecidos, não só financeiramente. A gente espera também uma melhora na educação, nas escolas e no acolhimento dos alunos da comunidade. Essa luta não é de agora!”, afirma.
O piso nacional da categoria é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira, para a jornada de no máximo 40 horas semanais.
Em Pernambuco, o salário para profissionais que tenham carga horária de 200 horas mensais passará de R$ 2.886,15 para R$ 3.900,00, valor 1,77% acima do piso nacional. Esse reajuste beneficia 36.124 professores efetivos e temporários e 33.499 aposentados e pensionistas do estado.
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Em vídeo publicado nas redes sociais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (SINTEPE), a presidenta Ivete Caetano comemora: “Só a luta nos garante! Conquistamos o piso salarial do magistério para mais de 60 mil trabalhadores e trabalhadoras da educação. São professores e professoras ativos; aposentados e pensionistas; efetivos e contratos temporários; uma das grandes lutas da nossa categoria que é a nossa valorização profissional, que passa pelo piso e pelo plano de carreira. As nossas lutas foram intensas, de mobilização de rua, de pressão, de luta! A luta coletiva já deu resultado e ela continua”, disse.
De acordo com a presidenta, as negociações continuam acontecendo. A conclusão dos debates está prevista para encerrar no fim da quarta-feira (16), onde serão tratadas a situação dos Analistas e dos Administrativos, além de avançar nos detalhamentos da implantação da conquista.
Edição: Vanessa Gonzaga