Fundada em 1870, Petrolina é hoje o segundo maior município do interior de Pernambuco. Completando 122 anos de emancipação na última quinta, 21 de setembro, a cidade é um polo de oportunidades na região do Vale do São Francisco. Às margens do Velho Chico e irmã da cidade baiana, a antiga “Passagem do Juazeiro”, ponto obrigatório de passagem de boiadeiros e negociantes do Ceará e Piauí já foi território indígena e fazenda de criação de gado.
Conhecida também como a Califórnia Sertaneja, o município é um dos principais exportadores de frutas do país. Contudo, é também o modelo de produção agrícola voltado ao agronegócio e ao uso ambientalmente irresponsável do Rio São Francisco que agrava a concentração de terras e reestrutura um novo modelo de coronelismo na cidade, que impacta diretamente nas decisões políticas não só em Petrolina, mas em todo o estado.
Nos últimos anos, não foi apenas o modelo agrícola que projeta a cidade nacionalmente. A expansão universitária foi ocasionada principalmente pela fundação da Universidade Federal do Vale do Vale do São Francisco (Univasf), parte do projeto de Reestruturação Universitária (Reuni), durante o governo Lula. A Universidade, sediada em Petrolina, mas presente também em Juazeiro, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso e São Raimundo Nonato abrange também os estados da Bahia e Piauí. Cerca de 14 mil estudantes universitários estão matriculados em universidades públicas e privadas na cidade.
Outra atração conhecida na cidade são as Ilhas do Rio São Francisco. As quatro maiores, Ilha do Fogo, Ilha do Rodeadouro, Ilha do Massangano e Ilha da Amélia, além de balneários, contam com variedade gastronômica e a prática de esportes como o rapel e o caiaque. A Ilha do Fogo, que fica entre as cidades de Petrolina e Juazeiro tem acesso a pé pela Ponte Presidente Dutra e conta com um cruzeiro com uma vista panorâmica das cidades.
Mesmo com os desafios de conciliar o crescimento econômico com a qualidade de vida e com o acesso da população a seus direitos básicos, Petrolina comemora mais que um ano a mais de existência. Neste aniversário, a comemoração é a resistência de um povo que luta, sonha e acredita com um futuro melhor para a terra onde muitos nasceram e outros escolheram viver.
Edição: Monyse Ravena