“Uma mentira contada 100 vezes, torna-se verdade!”. Essa frase dita pela primeira vez por um dos ministros nazistas de Hitler, parece ser a máxima para as elites brasileiras em nossos tempos. Se este texto que o leitor tem em mãos estivesse publicado em qualquer jornal das mesmas elites, com certeza começaríamos falando em “crise”, “déficit”, “inflação” e mais uma dúzia de palavras que estamos cansados de ver e ouvir nas grandes mídias.
Assim tem sido desde 2016, quando o presidente sem votos assumiu o comando do país e vem repetindo o mesmo ‘disco arranhado’ para tentar nos convencer de que suas reformas são necessárias para a vida dos e das trabalhadores e trabalhadoras. Após acabar com todos os direitos trabalhistas, o governo e os grandes empresários, a quem ele serve, voltam sua atenção para a Previdência, para a aposentadoria da população. Mas se engana quem pensa que a intenção destes senhores é realmente melhorar nossas condições de vida.
Em meio a tantas notícias, discursos, propostas confusas, esconde-se a verdade, a saber: querem acabar com nossa aposentadoria e com todos os nossos direitos para que os ricos fiquem mais ricos e para que os trabalhadores trabalhem mais para pagar por tanta riqueza.
Nos últimos meses, os trabalhadores têm ido às ruas para protestar contra a retirada de direitos. Foi assim na Greve Geral do dia 28 de abril, no aumento no número de greves e em diversas mobilizações. Desta forma, a classe trabalhadora tem deixado o governo ilegítimo cada vez mais acuado, prova disso é que para aprovar a Reforma da Previdência o governo já tentou modificar vários pontos da mesma, a fim de conseguir apoio no Congresso.
Até propaganda em TV aberta para iludir o povo tem sido usada como arma pelo governo. Mas, por mais que eles insistam, a população não se convence: uma mentira será sempre uma mentira onde quer que seja contada.
O fato é que a experiência prática tem nos mostrado que apenas com grande pressão nas ruas é que a vontade popular se impõe. E como prova de que estamos atentos, várias organizações da classe trabalhadora têm convocado para essa terça-feira, dia 5 de dezembro, um grande ato em todo o Brasil contra a retirada de direitos e contra a Reforma da Previdência.
É preciso mexer no bolso dos ricos, parar a produção, o transporte, as escolas, as rodovias e ir à luta. O voto não é a nossa única arma. Nossa disposição em defender nossos direitos, em forçar os políticos a fazer a vontade do povo e não dos empresários, também é parte da democracia.
O governo golpista tem como plano principal acabar com todas as nossas conquistas antes que seu tempo acabe. Portanto, devemos ser a pedra em seus sapatos, para impedir que suas mentiras se realizem. Para resistir e defender o que é nosso, às ruas por nossos direitos!
Edição: Monyse Ravena