O apoio popular tem recepcionado a “Marcha Lula livre, Lula inocente” por onde passa, em Pernambuco. Seja na caminhada na BR-232 ou nas vias municipais, o acolhimento permeia o clima dos pedestres e moradores nas mais variadas formas. Na cidade de Pombos, terceira parada da marcha, os integrantes chegaram e firmaram acampamento em meio as expressões de surpresa e curiosidade da população que aproveitava o ensejo para registrar o movimento, cumprimentar e buzinar em apoio. Um ato político na praça central da cidade foi realizado às 19h.
Sucesso entre os transeuntes, o boneco do presidente Lula chama atenção nos detalhes semelhantes aos traços do Lula de verdade. A aposentada de 68 anos, Mari Costa, que veio do estado de São Paulo para morar em Pombos há 16 anos estava empolgada com a presença do Movimento Sem Terra (MST) em sua cidade e pediu a para ser fotografada junto ao boneco.“Eu acho mesmo, falo daqui de dentro do meu coração. Quando morei no Guarujá, trabalhei por muitos anos lá, mas foi depois de Lula que a gente veio ter direito as coisas. Sou a favor de Lula, não é de hoje, e vou até o fim”, contou.
Dona Joana, 59, que mora em Pombos há poucos meses, reclamou do aumento no custo das despesas básicas no governo Temer e espera que os trabalhadores consigam retomar os rumos do País. “É bom para ver se Lula é solto, porque quem está no poder está ruim. O preço do bujão já vai para oitenta reais, o leite aumentou para cinco. Vamos ver se Lula consegue voltar para a gente”, disse.
Para quem estava marchando, a vibração das pessoas ficou evidente como afirmou a militante do Levante Popular da Juventude de Petrolina, Dani Rocha, 24 anos. "Nós tivemos experiências em outros atos de rua nos momentos quando ainda não vivíamos golpe, nessa Marcha, temos encontrado as pessoas apoiando, dando suporte, aplaudindo e dando atos de apoio em geral, muito mais do que tentando fazer a gente se sentir desconfortável", explicou.
Franciede Silva é coordenadora de Gênero do MST na Regional Capibaribe. Foto: PH Reinaux
No MST há seis anos, Franciede Silva, 40, é coordenadora de Gênero na Regional Alto Capibaribe e ocupa o Assentamento Orlando André da Silva, no município de Jataúba. Ela se diz mais forte com o apoio das ruas. “Quando cheguei perto do hospital daqui de Pombos, os moradores perguntavam de onde nós éramos e diziam que estavam junto com a gente. Falavam: ‘Não podemos sair (na Marcha), mas estamos juntos’”.
A programação da “Marcha Lula Livre, Lula Inocente” segue nesta quarta-feira (18) com a chegada em Vitória de Santo Antão e com a realização do ato Lula Livre na cidade, às 19h.
Edição: Catarina de Angola