Este jornal diferencia-se por seu compromisso com a verdade. É este compromisso que nos leva a expressar livremente nossas posições. Sim, porque em uma sociedade onde uns poucos vivem da riqueza de milhões, a verdade tem lado: ela interessa à classe trabalhadora que nada tem a esconder. Vivemos um momento decisivo para o sentido histórico da construção da nação brasileira. Nosso país vive uma das maiores crises de destino em sua história. No próximo domingo decidiremos não apenas qual a melhor biografia individual a ocupar o cargo de presidente, mais do que isso, decidiremos se teremos ou não a possibilidade de construir uma nação voltada para os interesses da grande maioria dos brasileiros. E não há como construir uma nação soberana sem democracia.
Nos últimos meses você deve ter ouvido várias vezes a palavra fascismo. É necessário entender o significado disso. O fascismo existiu na história sempre que os interesses dos ricos e poderosos viram-se ameaçados pela democracia. O fascismo é uma ideologia criada para que a minoria que detém o poder possa manter seus privilégios cortando os direitos da grande maioria. É porque não podem defender abertamente esse programa que recorrem aos elementos básicos do discurso fascista: o ódio e a mentira.
Bolsonaro nada mais é do que um personagem fictício criado para canalizar o descontentamento na forma do ódio e voltar esse ódio contra a própria população brasileira. Há problemas concretos que necessitam de resposta, entre eles a violência urbana, a criminalidade e a corrupção. Tais problemas, contudo, só podem ser solucionados em uma sociedade democrática. Sem democracia não há como resolver a violência e a criminalidade para a grande maioria do povo pobre que sofre com isso todos os dias. Isso porque sem democracia não há canais por onde se possa exigir justiça. Sem democracia a justiça será sempre para poucos. Sem democracia não há nenhuma forma possível de combate à corrupção, pois a sociedade é impedida de protestar e as instituições são impedidas de investigar. Sem democracia não há sequer como saber de que forma o governo emprega o dinheiro que pagamos com nossos impostos.
Nossos problemas não podem ser resolvidos por um governo autoritário de poucos voltado para poucos. Nossos problemas não nascem da democracia, mas da falta dela. Nossa tarefa nessa eleição é lutar pela democracia ainda frágil que conquistamos com tanto esforço para que possamos, no dia depois de amanhã, ampliá-la até o ponto onde o povo brasileiro possa exercer o poder de acordo com seus próprios interesses. É por isso que venceremos o fascismo nas urnas e o venceremos também no diálogo e construção das lutas de nosso povo. O que diferencia o Brasil de Fato é, como dissemos, o compromisso com a verdade. É o compromisso com a verdade que nos torna um instrumento da classe trabalhadora. E é o compromisso com a verdade e com o povo brasileiro que nos leva a defender o voto pela democracia. E votar pela democracia é votar Haddad presidente!
Edição: Monyse Ravena