Infiltrado na Klan Conta uma história real e insana de Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro americano que em 1978 conseguiu se infiltrar em um grupo da organização racista Ku Klux Klan. É durante esses serviços que Ron conhece Patrice, com quem tem romance permeado por conflitos por ele ser policial e ela uma ativista que luta contra ações violentas da polícia contra a comunidade negra local. Após encontrar um anúncio da “KKK” no jornal, surge a ideia de infiltrar se no grupo, se comunicando com os outros membros através de telefonemas, cartas e quando precisava estar fisicamente enviava o policial judeu Flip Zimmerman (Adam Driver).
É nessa epopeia de entrada no Klan que o filme apresenta de maneira bastante incômoda e caricata o núcleo de participantes da “KKK”, de modo que fica impossível não fazer comparações com o momento atual. Mesmo sendo uma história situada na década de 1970, Spike Lee consegue fomentar debates atuais, como o tema da fake news, pós-verdade e várias referências ao governo de Trump, como seu “América grande novamente”. Por fim, tenho que deixar o alerta sobre a possibilidade de sair do cinema impactado e querendo debater sobre o filme com alguém.
Tayson Costa é estudante de Ciências Sociais*
Edição: Monyse Ravenna