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Opinião | Na Venezuela o centro do poder está na favela

Realidade venezuelana é diferente do que a mídia comercial tem veiculado

Brasil de Fato | Recife (PE) |
N país, bairros periféricos tem maioria chavista e defende legitimidade de Maduro
N país, bairros periféricos tem maioria chavista e defende legitimidade de Maduro - Agência Venezuelana de Notícias

“Es grande el esfuerzo que estamos haciendo, pero es más grande el que tenemos que hacer.” Hugo Chavez

 

No cotidiano da Venezuela ao contrário do que a grande mídia brasileira e norte-americana vendem, as coisas acontecem normalmente, crianças vão à escola, os trabalhadores ao trabalho, o comércio em movimento, feiras livres por toda parte, metrô sempre lotado e nas conversas, bloqueio econômico, inflação e resistência.

 

Na favela o povo sobe e desce o tempo todo, o centro já não é mais privilégio da classe média, e, os seus prédios se misturam aos prédios populares construídos pela Revolução Bolivariana . Na Avenida Bolívar, umas das principais da cidade, meninos soltam pipa e jogam futebol na calçada ao lado de bancos, prédios públicos e do trânsito dos carros.

 

As paisagens das montanhas, prédios modernos e favelas se misturam. Os murais espalhados por toda parte lembram os heróis das experiências revolucionárias da América latina, frases e artes trazem Bolívar, Chávez, Fidel, Che...se juntando ao olhar e orgulho do povo expressados nas cores da bandeira nos lembrando, que aqui se constrói o novo homem e a nova mulher, a pátria grande está a surgir.

 

Aqui também se respira solidariedade, afinal Cuba tornou-se exemplo e inspiração, lembrada sempre nas conversas, nos médicos e nos discursos. A universidade pintada de povo, aqui medicina é curso de pobres e de países irmãos, centenas de jovens do continente africano, oriente médio e das Américas estudam na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM).

 

Movimentos sociais organizam: jovens, classe trabalhadora e mulheres. As comunidades se fazem Comunas, as Forças são armadas de povo e as missões de grandes mutirões. A coletividade toma forma em partilha e comunhão, creio isso ser sinais da revolução.Do quartel da montanha repousa no meio do povo o Comandate Chavez, com o vento sopra em cada recanto da cidade sempre a lembrar aqui o centro do poder da revolução está na favela e no povo, lá  seguirá.

*Militante da Pastoral da Juventude Rural e está na Venezuela na Brigada Internacionalista Che Guevara

Edição: Monyse Ravenna