Hoje uma das áreas nobres do Recife, a Madalena, como a maioria dos bairros da cidade, nasceu de um engenho. Com uma área de 183 hectares, o bairro teve origem na povoação pertencente ao engenho de Pedro Afonso Duro e sua esposa Madalena Gonçalves, daí vindo o nome do engenho e, posteriormente, do bairro. As terras passaram por outros proprietários, mas o nome da primeira dona registrada persistiu. O engenho ficava situado no largo onde hoje está a Praça João Alfredo. A casa-grande onde viviam os proprietários ficou conhecida durante muito tempo como o Sobrado Grande da Madalena e o engenho foi por muitos anos um dos melhores produtores de açúcar.
Hoje, o antigo sobrado é ocupado pelo 1º Distrito do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Museu da Abolição. O Conde da Boa Vista residiu na Madalena até 1841, quando passou a ocupar o palacete da Rua da Aurora, onde morreu, em 1870. No bairro também fica o Mercado da Madalena, inaugurado em outubro de 1925 e construído próximo ao local onde existia antes uma feira livre. Antigamente, era chamado de Mercado Bacurau porque funcionava à noite. Hoje o bairro conta com cerca de 23.082 habitantes, sendo 56,11 autodeclarada branca e com renda familiar média de R$ 5.521,52.
Edição: Monyse Ravenna