O XIV Concurso de Registro do Patrimônio Vivo, organizado Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) nomeou nesta edição de 2019 como patrimônios vivos de Pernambuco os artesãos Mestre Saúba, Mestre Aprígio e Mestre Nado, o Maracatu de Baque Solto Cambinda Brasileira, o mestre de coco Assis Calixto e a Tribo Indígena Carijós do Recife foram os nomes escolhidos.
Em edições anteriores do concurso, foram nomeados artistas e grupos como Lia de Itamaracá, Ana das Carrancas, O Homem da Meia Noite, Selma do Coco, Bacamarteiros do Cabo e o Cariri Olindense. Confira quem são os nomeados desta edição:
Mestre Saúba
Mestre Saúba é de Jaboatão dos Guararapes. Iniciou as atividades no artesanato os 20 anos e hoje divide o ofício com o irmão mais novo, o filho e a neta, produzindo peças como borboletas, ratos, carros e os brinquedos tradicionais como rói-rói e mané gostoso.
Foto: Reprodução
Maracatu Cambinda Brasileira
O Maracatu Cambinda Brasileira surgiu em Nazaré da Mata e Inicialmente foi chamado de Cambinda Nova e depois Cambinda Amorosa. O nome do grupo faz referência ao peixe pescado pelos primeiro integrantes do grupo para se livrar da fome ainda no início de século vinte. O maracatu passou por várias gerações e resiste até hoje.
Foto: Reprodução
Mestre Aprígio
Quem conhece Luiz Gonzaga lembra bem que o cantor vivia com vários chapéus de couro. O artesão que os fabricava, Mestre Aprígio, também fazia os chapéus de Dominguinhos. O artesão é natural de Exu, no sertão do estado e produz as peças desde 1955.
Foto: Eric Gomes
Mestre Nado
Mestre Nado trabalha com o barro desde os 10 anos de idade em Tracunhaém, onde iniciou a produção de cerâmicas figurativas. Foi no Centro Cultural Som do Barro que ele se dedicou a construir instrumentos musicais com a matéria-prima que sempre utilizou.
Foto: Roberta Guimarães
Assis Calixto
No agreste, o coco raízes de Arcoverde já é conhecido e parte da cultura da cidade. O mestre Assis Calixto foi um dos fundadores de grupo e até hoje compõe canções e fabrica os tamancos de madeira que dão ritmo ao samba de coco.
Foto: Lu Streithorst
Caboclinho Carijós
A Carijós é a etnia indígena mais antiga do estado e se dedica cultura popular há 122 anos com apresentações no carnaval, oficinas de fantasias, adereços, instrumentos musicais, ritmo e dança nos outros meses do ano. Em 2017, a Carijós foi homenageada no carnaval do Recife.
Depois dessa eleição, o estado conta com 63 patrimônios vivos. A diplomação dos seis vencedores acontece no dia 16 de agosto, no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Além do título, os patrimônios passam a receber uma bolsa de incentivo financeira, com valor de R$ 1.600 para pessoa física, ou seja, mestres ou mestras da cultura de Pernambuco; e R$ 3.200 para pessoa jurídica, ou seja, grupos tradicionais de cultura do estado, no sentido de garantir a preservação dos grupos e da produção cultural de cada nomeado.
Edição: Monyse Ravenna