Durante o período colonial, as terras litorâneas não eram as preferidas pelos senhores de engenho que, com medo de ataques marítimos, instalavam suas fazendas no interior. Por isso, as terras de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, eram ocupadas apenas por pescadores e tangedores de gado, que moravam dispersos nas terras que faziam parte do Engenho Guararapes. Com a expulsão dos holandeses, foi levantada a Igreja de N.S dos Prazeres, em 1656, nos Montes Guararapes e o povoado de Prazeres só veio a surgir com a construção da Estação Ferroviária de Prazeres, no ano de 1858. O local passou a ter um desenvolvimento intensificado com a construção da ligação com a praia de Venda Grande pelos retirantes da seca de 1878, pagos pelo governo do estado.
Ainda assim, Prazeres só começou a ter configuração geográfica e econômica que tem hoje a partir da década de 1950, quando a urbanização vinda de Boa Viagem atingiu Piedade e Candeias. Na década de 1970, o crescimento é intensificado com a instalação de várias indústrias, com o apoio da Sudene. Tudo isso fez com que, em apenas em 20 anos, a população de Prazeres aumentasse cinco vezes, o que gerou uma falta de planejamento na ocupação, com problemas de saneamento básico e infraestrutura, presentes até hoje. Em 1989, o prefeito Geraldo Melo transferiu a sede do município para Prazeres, nomeando a cidade como "município da integração nacional", também mudando o nome do município para Jaboatão dos Guararapes. Hoje, Prazeres é o principal centro econômico, político e administrativo do Jaboatão.
Edição: Monyse Ravenna