No próximo sábado, dia 07 de setembro, acontece a 25ª edição do Grito dos Excluídos, com o tema: "A vida em Primeiro Lugar" e o lema: "Esse Sistema não Vale, Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade". O ato traz uma crítica ao atual sistema político e econômico e faz referência aos crimes da empresa mineradora Vale, nas cidades de Brumadinho e Mariana (MG).
Marcos Silvestre, integrante do Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC), e da organização do Grito, diz que a escolha da data surge da necessidade de questionar, no dia da independência do Brasil, se o país é verdadeiramente independente e se a soberania e os direitos do povo brasileiro estão sendo respeitados. "A ideia é, justamente, levar o povo a refletir sobre a soberania, a independência e sobre que projeto de país nós desejamos", afirma.
Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta quinta-feira (05), na sede do Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC), a organização do Grito falou sobre a programação do ato no Recife e alterações do percurso em relação às edições passadas. O ato terá concentração na praça do Derby, a partir das 08h da manhã, com panfletagem, mística, feiras em um espaço de economia solidária, e apresentações musicais. Às 10h, o ato sairá em caminhada pela avenida Agamenon Magalhães, em direção ao parque Amorim. Em seguida, retorna à Praça do Derby para dar continuidade às atividades que duram o dia inteiro. Este ano, o ato não vai pela Avenida Conde da Boa Vista, pois, de acordo com a organização, a quantidade de pessoas naquela localidade durante o dia 07 de setembro diminuiu significativamente.
Em sua 25ª edição, o grito se posiciona contra a Reforma da Previdência, que atinge diretamente os mais pobres, e em defesa da educação, aderindo ao chamado do movimento estudantil ao se somar à luta por uma educação pública e de qualidade.
Marcos Silvestre afirma, também, que o Grito é um espaço de mobilização e de luta para a classe trabalhadora e tem o papel de criticar e denunciar os inúmeros ataques e perdas de direitos que o povo brasileiro tem sofrido e que tem sido intensificados diante do resultado das eleições de 2019, com o aumento do desemprego, a volta da fome e a violência contra os mais pobres. "O sistema está cada vez mais agressivo. Os retrocessos sociais e políticos são muitos, esse sistema explora, acumula e isso vai para onde e para quem? O planeta fica com o quê? O povo fica com o quê?", disse.
Além disso, o Grito dos Excluídos anuncia a esperança de um mundo melhor, lutando por justiça, direitos e liberdade. “Queremos levantar a cabeça e dizer ao povo trabalhador, a mulher trabalhadora, a juventude, que nós não vamos desistir de lutar. Este é o momento de nos juntarmos, de juntar mais pessoas que acreditam na democracia. Lutamos pela inclusão social, por um Brasil democrático, justo, sustentável e solidário”, disse Marcos.
Edição: Marcos Barbosa