Na região Sul, o Figueirense tentou dar uma de esperto e se deu mal. No ano de 2017 a equipe de Santa Catarina firmou parceria para ceder a gestão do futebol por 20 anos à empresa "Elephant". Aqui nesta mesma página demos um Gol Contra para o clube por essa decisão. O tempo mostrou que estávamos certos. Hoje os atletas estão com meses de salários atrasados, realizam greves (e estão corretos) e há poucos dias o Figueira chegou a perder uma partida por W.O., quando os jogadores se recusaram a entrar em campo.
O clube está afundado na lanterna da Série B. Esta semana, a empresa que iria "salvar" o clube resolveu pular do barco e ameaçou pedir à CBF desistência da competição, o que deixaria o Figueirense suspenso de competições nacionais por dois anos e, quando voltasse, em 2022, teria que começar pela Série D. A diretoria social correu atrás e impediu a desistência, mas o rebaixamento à Série C parece inevitável.
No início dos anos 2000 a dupla baiana Vitória e Bahia lançou essa moda de clube-empresa aqui no Nordeste. Após afundarem os clubes, as empresas pularam dos barcos e as equipes acabaram rebaixadas à Série C. Atualmente, no Arruda, há quem simpatize com a moda, mas esperamos que os exemplos recentes vacinem torcida e diretoria do Tricolor contra ideias que defendem o futebol apenas como negócio, afastando do clube o povo apaixonado e entregando as nossas cores nas mãos de pessoas que só amam o dinheiro.
Edição: Monyse Ravnna