Restando menos de um ano até as Olimpíadas de Tóquio, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ainda não definiu as regras para inclusão de pessoas transgênero nas competições. Cientistas tentam encontrar uma posição que inclua e, ao mesmo tempo, respeite a justiça esportiva. Mas como o tema também é delicado politicamente, o COI tem adiado a definição de regras e acabou jogando para as federações nacionais criarem suas próprias regras. As federações, por sua vez, jogam a responsabilidade de volta para o COI.
A definição mais recente do comitê olímpico é de 2015, quando definiu-se que atletas que tiverem realizado transição de gênero já poderiam competir na categoria condizente com seu gênero, sem necessidade de realizar cirurgia de remoção de testículos (no caso das mulheres trans), mas que seria necessário manter o nível de testosterona abaixo de 10 nanomoles por litro de sangue durante 12 meses antes da competição. No entanto há quem se queixe que a exigência deveria ser reduzida para até 5 nmol/litro, porque o nível de testosterona em pessoas nascidas com o sexo feminino costuma variar de 0.12 a 1.79 nmol/l.
Edição: Monyse Ravenna