Intertextualizar Eduardo Galeano não é tarefa fácil, muito menos bem sucedida na ocasião. Comparar o rebuliço da vida do escritor uruguaio, que se trancava às sete chaves em época de Mundial, com o caos em que vive o Santa Cruz talvez não seja justo com o futebol. Por motivo simples: gerir um clube associativo está bem longe de ser a mesma coisa de gerir a vida pessoal. As declarações feitas por Roberto Freire, diretor do Núcleo de Gestão do clube, recentemente, de que havia uma "quadrilha" no Arruda gerou atenção por parte da torcida. A história do Santa Cruz é dividida em grandes dilemas. Ficaria feliz em descobrir quando teremos uma gestão, de modo geral, capaz de não se contentar apenas com pequenos resultados feitos dentro de campo. E transparência é o primeiro passo para que uma reestruturação aconteça.
*Julia Rodrigues é torcedora do Santa Cruz
Edição: Monyse Ravenna