Pernambuco

PARALISAÇÃO

Em greve desde sábado (01), petroleiros fazem ato na refinaria Abreu e Lima

Greve tem caráter nacional com objetivo de reverter demissões em massa na Petrobrás

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Trabalhadores estão na porta da refinaria desde o começo da greve, no sábado (01) - Sindipetro PE/PB

 

Em Pernambuco, um ato nessa segunda (03) na Refinaria Abreu e Lima faz parte da agenda de mobilizações em torno da greve nacional dos petroleiros, denunciando as demissões em massa e o rompimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria no estado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do petróleo de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE/PB), a adesão à greve já passa dos 95% do total de funcionários da Refinaria Abreu e Lima, como explica Rogério Almeida, coordenador geral do Sindipetro “A greve iniciou na primeira hora do sábado. São cerca de 150 trabalhadores que estão no ato hoje. Dentro da empresa cerca de 30 pessoas estão trabalhando em regime de contingência, o que necessita de segurança redobrada”. 

Após o anúncio da venda e demissões em massa na Fábrica Araucária Nitrogenados (Fafen), empresa paranaense ligada ao sistema Petrobrás, cerca de oito mil trabalhadores de todo o país ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão em greve desde sábado (01). Na Fafen, um acampamento montado na porta da empresa pelos petroleiros já completa duas semanas mobilizando a comunidade e pressionando a gestão da Petrobrás em defesa dos empregos e contra o fechamento da fábrica.

Já em Pernambuco, um ato nessa segunda (03) na Refinaria Abreu e Lima faz parte da agenda de mobilizações em torno da greve, denunciando as demissões em massa e o rompimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria no estado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do petróleo de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE/PB), a adesão à greve já passa dos 95% do total de funcionários da Refinaria Abreu e Lima, como explica Rogério Almeida, coordenador geral do Sindipetro “A greve iniciou na primeira hora do sábado. São cerca de 150 trabalhadores que estão no ato hoje. Dentro da empresa cerca de 30 pessoas estão trabalhando em regime de contingência, o que necessita de segurança redobrada”. 

Rogério alertou que as demissões no Paraná podem ser mais um passo na escalada de privatização do Sistema Petrobrás “Na Fafen foram mil trabalhadores demitidos, sendo 400 próprios e 600 terceirizados com saídas que ocorrerão com 30, 60, e 90 dias após o anúncio da demissão, feito no dia 14 de janeiro. Nossa pauta principal é reverter essas demissões, porque se começaram lá, vai ser uma onda de demissões em massa inclusive aqui na Abreu e Lima. Temos um quadro de mais ou menos 1500 funcionários ameaçados. Se vendem essa refinaria, o que já está sendo negociado com uma empresa chinesa, aqui vai deixar de funcionar e virar apenas um depósito de combustível”, explica. 

Além da paralisação das atividades nas empresas de todo o país, do acampamento na Fafen e dos atos nessa segunda (03), uma comissão de negociação com 5 diretores da FUP está ocupando uma sala na Edise, o edifício sede da empresa no Rio de Janeiro. Mesmo com água e energia interrompidos temporariamente, os diretores seguem no prédio na tentativa de buscar uma solução para as demissões. Enquanto isso, a greve segue por tempo indeterminado.

Edição: Monyse Ravena