Desde o começo da pandemia de coronavírus, países como China e Itália registraram um crescimento nos índices de violência contra a mulher. Nesses países, foram criadas formas para que as vítimas e testemunhas conseguissem denunciar os casos e romper o ciclo da violência. Agora, o Brasil enfrenta a pandemia e com a orientação de isolamento social, há um desafio diante do aumento de casos de violência e o aumento da carga de atendimento às mulheres junto a uma diminuição da capacidade de resposta das redes de atendimento, que deixam de atender presencialmente para respeitar as recomendações de combate ao vírus. 

Em Pernambuco, a Secretaria da Mulher se adaptou para acolher as vítimas e estimular as denúncias no ambiente virtual. Hoje, a Rede Estadual de Proteção às Mulheres em Situação de Violência de Gênero conta com 593 serviços que vão desde a Secretaria da Mulher de Pernambuco, aos organismos municipais de políticas públicas para as mulheres, as 11 delegacias especializadas que estão espalhadas nas regiões do estado e serviços de atendimento remoto. O atendimento presencial está suspenso em grande parte da rede, a exemplo do Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha; no Ariano Suassuna, no Cordeiro; além do serviço do Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago, em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife.

A principal iniciativa que se mantém em funcionamento por 24h é o Serviço de Proteção para Mulheres Vítimas de Violência, que acolhe mulheres sob ameaça de morte e seus filhos e dependentes. Além do Serviço de Proteção, há também uma senha de atendimento prioritário no Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) para as vítimas da violência de gênero atendidas pela Rede Estadual de Proteção, intitulado 190-Mulher. 

Outro serviço que se mantém em funcionamento é o das mulheres que possuem ordem judicial para receberem o monitoramento eletrônico do estado, que agora devem procurar a sede da Secretaria da Mulher, no Cais do Apolo, 222, no 4º andar, das 8h às 15h, com acesso pelo prédio pelo estacionamento. Os serviços de urgência podem ser acionados pelo telefone via Ouvidoria da Mulher ( 0800 281-8187), que está funcionando por 24h para denunciar e buscar orientações de como proceder em caso de violência contra a mulher ou pelo ligue para o 190 da Polícia Militar, que também se mantém em funcionamento.

Edição: Monyse Ravena