O projeto Mãos Solidárias deu início à campanha Assessoria Popular Solidária, mais uma iniciativa que busca atender os grupos mais vulneráveis socialmente neste período de pandemia. A assessoria jurídica tem o intuito de orientar sobre quem teria o direito ao auxílio, qual a documentação necessária e como encaminhar junto aos órgãos de cadastro para regularizar a documentação. A ação surgiu a partir da identificação de inúmeras dificuldades para acessar o auxílio emergencial que as pessoas que recebem as marmitas e cestas básicas afirmaram estar tendo.

As dificuldades percebidas pelos voluntários do projeto foram inúmeras, tais como: a falta de celular, dificuldade de ter acesso à internet – principalmente entre a população idosa em situação de rua – e/ou documentação irregular ou perdida. O advogado Victor Figueiredo, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e coordenador da campanha, afirma que essas dificuldades são agravadas pela “falta de divulgação pelo governo federal de informações precisas e coerentes acerca do processo de solicitação. "Somado a tudo isso, vem o fato de as instituições que têm por função emitir novos documentos encontrarem-se fechadas ou com horário reduzido devido à quarentena”, completa o advogado.

A campanha iniciou na última quinta-feira (08) e tem realizado a assessoria na sede do Armazém do Campo Recife que fica no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. A equipe que tem atendido ao público é formada por 5 pessoas que já atuavam nas ações de solidariedade no Armazém mas a proposta, segundo Victor, é somar profissionais da área do Serviço Social, Direito entre outras.

A Assessoria Popular Solidária funciona de segunda a sexta-feira das 08h às 11h na sede do Armazém do Campo Recife que fica na Avenida Martins de Barros, 387, Santo Antônio. O serviço é gratuito.

Edição: Marcos Barbosa