Pernambuco

COVID-19

PE: Detentos costuram 3,5 mil capotes para profissionais que atuam na linha de frente

Em parceria com a UFPE, detentos de penitenciária de Caruaru contribuem com a proteção de profissionais do HC

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Detentos de Caruaru estão produzindo o material para hospital universitário - Divulgação

Detentos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em Caruaru, no agreste pernambucano, estão confeccionando cerca de 3,5 mil capotes impermeáveis de TNT. Esses materiais serão utilizados por profissionais da linha de frente do tratamento de pessoas com a covid-19 no Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, na zona oeste do Recife. 500 capotes foram entregues ontem (10) ao hospital-escola, além de outros 600 que já haviam sido entregues anteriormente. 

Essa ação faz parte de uma campanha coordenada pela chefe do Serviço de Endocrinologia Pediátrica do HC, Jacqueline Araújoque, para a confecção de milhares de capotes. Além dos 10 detentos que estão colaborando, foram contratadas costureiras (algumas de forma voluntária, outras cobrando um valor abaixo do mercado) para a confecção dos outros 3,5 mil capotes para completar os 7 mil que a ação tem como meta. 

A campanha cresceu e, agora, ajuda na confecção de capotes para outros hospitais, como o Oswaldo Cruz e Barão de Lucena, e para um grupo de voluntários. Com isso, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos incluiu na ação os detentos dos cárceres de Caruaru, Limoeiro e Santa Cruz do Capibaribe. Além de ajudar a reforçar o estoque de capotes dos hospitais da rede pública, o trabalho dos detentos é utilizado em favor deles através do benefício da remição de pena, no qual é retirado um dia de pena a cada três trabalhados. Além dos capotes, os detentos da PJPS em Caruaru estão produzindo protetores faciais e máscaras de TNT, contribuindo diretamente em uma ação de solidariedade para o combate da pandemia. 

Estão sendo recebidas doações por diversas empresas no transporte gratuito de 5,5 toneladas de TNT de São Paulo para o Recife pelas empresas contratadas, o corte do material, uma máquina de costura para os detentos trabalharem e 714 capotes. Além disso, foi feita uma arrecadação em dinheiro com a qual foi comprada uma máquina de costura profissional usada para auxiliar na confecção.

Edição: Marcos Barbosa