Durante todo o mês de junho mas, especialmente, no último domingo (28) foi celebrado o Dia do Orgulho LGBT, data que marca um dos episódios de luta da comunidade nos Estados Unidos, conhecido como a Revolução de Stonewall, em 1969. De lá pra cá, e até antes dessa data, a população LGBT tem lutado pela sobrevivência e garantia de direitos numa sociedade marcada pelo conservadorismo, na qual ainda é negada a plena liberdade de ser quem é.
Nesse contexto, o Brasil de Fato Pernambuco compilou uma lista de 8 filmes que trazem as temáticas de luta, vivência e sobrevivência das pessoas LGBT, com produções nacionais e internacionais que podem ser encontradas nas plataformas de streaming.
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A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson ( David France, EUA, 2017)
Falar sobre o Dia do Orgulho LGBT, é falar sobre a figura emblemática que foi Marsha P. Jonhson. O filme documentário traz à tona uma questão polêmica e esquecida pelas autoridades norte-americanas: a misteriosa morte da ativista transgênera Marsha P. Johnson, encontrada boiando no rio Hudson em 1992. Marsha, conhecida como a "Rosa Parks da comunidade gay", foi peça crucial na Revolução de Stonewall, em 1969, evento que deu origem ao Dia do Orgulho LGBT. O filme está disponível na Netflix.
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Rafiki (Wanuri Kahiu, Quênia, 2018)
Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva) são grandes amigas que acabam por se apaixonar mas o romance enfrentam alguns obstáculos. O primeiro, é que suas famílias são rivais políticas; e o segundo, é que no Quênia, país onde vivem, a homossexualidade é tratada como infração grave pelas autoridades religiosas. As jovens terão que escolher entre experienciar o amor que partilham, ou se distanciar em função de uma vida segura. O filme que foi premiado internacionalmente foi proibido de ser exibido no Quênia mas está disponível no TeleCine.
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Tatuagem ( Hilton Lacerda, Brasil, 2013)
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“No futuro, o amor e a liberdade serão como num filme”: a frase estampou as ruas da cidade do Recife na pré-estreia do filme Tatuagem, história que gira em torno do relacionamento entre Clécio (Irandhir Santos), o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, e o recruta Fininha (Jesuita Barbosa), o que gera um contraste entre o cenário anárquico do grupo e a realidade do país em plena ditadura militar. Disponível no site da Cinemateca Pernambucana.
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Hoje Eu Quero Voltar Sozinho ( Daniel Ribeiro, Brasil, 2014)
Em Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade. Filme disponível na Netflix
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Moonlight (Barry Jenkins, EUA, 2017)
O filme traz a intrigante discussão sobre a observação do afloramento da orientação sexual de Chiron (Alex Hibbert), jovem negro que vive em uma comunidade pobre de Miami, e como lida, a duras penas, com sua sexualidade e timidez em meio a um ambiente violento, racista e solitário. Filme disponível na Netflix.
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Você Nem Imagina ( Alice Wu, EUA, 2020)
Imagina ter que escrever uma carta para o seu crush no nome do seu melhor amigo? Esse é o dilema de Ellie (Leah Lewis) nesse filme elogiado nas redes sociais e produzido pela Netflix. Através da literatura e da escrita das cartas, Ellie vai se descobrindo e descobrindo sua paixão pela garota por quem seu melhor amigo é apaixonado. O filme está disponível na Netflix.
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Divinas Divas (Leandra Leal, Brasil, 2017)
“Nos anos 1960, muitos tomaram as ruas, alguns invadiram os palcos” assim começa o trailer do filme documentário de Leandra Leal que retrata a história de 8 artistas trans, chamadas de transformistas na época, no teatro brasileiro, com vivências permeadas de glamour, amor e transfobia. Disponível na plataforma NOW.
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Madame Satã (Karim Aïnouz, Brasil, 2002)
O filme retrata a história de Madame Satã ,uma das figuras mais emblemáticas da Lapa carioca dos anos 1940. Nascido como João Francisco dos Santos, mas conhecido como Madame Satã, o filme mostra como a protagonista precisa lidar com um sem número de barreiras cotidianas para fazer valer sua subjetividade num mundo que lhe achata por ser pobre, negro e homossexual. Madame Satã é interpretado majestosamente por Lázaro Ramos. O filme está disponível no Youtube.
Edição: Vanessa Gonzaga