Nesta terça-feira (14), a primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real, foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A principal argumentação do órgão tem base no inquérito feito pela Polícia Civil concluído no útlimo dia 03 de julho, que aponta abandono de incapaz com resultado de morte, que pode ser qualificado pelo crime preterdoloso.
O Ministério tinha até 15 dias após a conclusão do inquérito para analisar os autos da investigação e tomar uma decisão. Quem apresentou a denúncia foi o promotor de Justiça Criminal Eduardo Tavares. A denúncia foi apresentada à 1ª Vara de Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital. A denúncia do MPPE é combinada com artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas por o crime "ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública", na pandemia da Covid-19. Com isso, o inquérito sobre a morte de Miguel Otávio segue para a Justiça.
Nem a defesa de Sarí Corte Real e nem os advogados da mãe de Miguel, Mirtes de Souza, se manifestaram sobre o caso, mas na última segunda (13) a família do menino fez uma passeata no centro do Recife pedindo que o Ministério Público desse atenção ao caso.
Enquanto isso, o marido de Sarí Corte Real, o prefeito de Tamandaré Sérgio Hacker, está com os bens bloqueados após a denúncia de que haveria contratado 15 funcionários fantasmas, entre eles, Mirtes, mãe de Miguel, e a avó da criança, Marta, que eram domésticas da casa da família e nunca tiveram acessso aos salários dos cargos do município. O prefeito também recebeu um pedido de impeachment que deve ser avaliado pela Câmara de Vereadores de Tamandaré no mês de agosto, após o retorno das atividades.
Edição: Vanessa Gonzaga