Esse sábado (25) foi o segundo dia de paralisações dos trabalhadores de aplicativos no Brasil. Chamado de #BrequeDosApps, o movimento reivindica melhores condições de trabalho para a categoria. Os trabalhadores e trabalhadoras cobram o aumento das taxas mínimas que os entregadores ganham a cada corrida para remuneração mais justa, além de direitos como o seguro em caso de acidentes de trabalho.
No Recife, o ato de hoje teve concentração no final da manhã em Olinda, no Centro de Convenções de Pernambuco, mesmo local do ato do dia 1º de julho. Rodrigo Lopes, presidente da Associação de Motofretistas de Pernambuco (AMAP-PE), afirma que a categoria tem sido pressionada para não integrar as paralisações "Intimidaram a gente dizendo que se gente ficasse lá ia levar multa e levar o veículo, porque é proibido estacionar e a polícia disse que não tinha acordo e não tinha conversa" .
De acordo com os manifestantes, agentes da Polícia Militar de Pernambuco chegaram a filmar placas das motos e registraram os nomes dos trabalhadores, numa ação que foi encarada como constrangedora pelos entregadores, que segundo Rodrigo, foram impedidos de seguir com o ato. "Disseram que se a gente seguisse o ato e fosse pra outro lugar iam atrás da gente e prender todo mundo" , afirma o presidente da AMAP PE.
Solidariedade
Neste sábado, além do #BrequeDosApps, também é Dia do Trabalhador Rural. Para marcar a data e prestar solidariedade aos entregadores em greve, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) distribuiu refeições feitas com alimentos oriundos da agricultura familiar para os entregadores do ato.
Para Paulo Mansan, integrante da direção estadual do MST, a ação expressa a necessidade de unidade da classe trabalhadora "A gente partilha um pouco do nosso pão com esses trabalhadores que são explorados para que eles compreendam que o MST está junto deles nessa e em outras lutas para o que eles precisarem" . O ato deste sábado (25) também aconteceu em outras capitais como Belo Horizonte (MG), Rio Branco (AC), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF) e São Paulo (SP).
Edição: Monyse Ravena