Com mais de 10 toneladas de alimentos e materiais de limpeza doados por famílias assentadas e acampadas do sertão e agreste pernambucanos, foi lançada no Recife a Rede de Bancos Populares de Alimentos.
A ação é uma iniciativa da campanha de solidariedade Mãos Solidárias e engloba diversas organizações e movimentos populares, dentre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), Arquidiocese de Olinda e Recife, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (FETAPE) e Articução do Semiárido Brasileiro (ASA).
As doações arrecadadas de diferentes pontos do estado foram levadas ao Banco Mãe, no centro do Recife. A partir de lá os alimentos passam a ser distribuídos pelos 21 bancos de alimentos da capital pernambucana e da sua região metropolitana.
“O objetivo é buscar mobilizar esse espírito de solidariedade que move o nosso povo nesse contexto que a gente vive de crise econômica.Nós pretendemos, para além desse banco mãe e desses bancos comunitários, instalados em Recife e RMR, também estender essa rede de bancos para cidades de médio porte no interior do estado como Caruaru, Garanhuns e Petrolina” projeta Alexandre Pires, Coordenador do Centro Sabiá e da ASA Brasil, que integram a campanha.
O banco mãe é a base onde pessoas físicas e jurídicas poderão realizar as suas doações para famílias em situação de vulnerabilidade de toda a Região Metropolitana do Recife (RMR). Com isso, esses alimentos e materiais de limpeza serão redistribuídos para os bancos territoriais nas comunidades para se somarem aos que os Agentes Populares de Saúde vem arrecadando nas próprias comunidades.
Renata Dias, mobilizadora territorial dos Agentes Populares de Saúde, explica a relação dos bancos com o direito à alimentação saudável “A rede tem a função de trabalhar a solidariedade entre o campo e a cidade neste tempo de pandemia. O campo, que trabalha nessa questão da soberania alimentar, onde ele gera sua própria renda e trabalha com produtos orgânicos, que não serve só para ele, mas também para alimentar outras classes que envolve a cidade. Nesse intuito, o Mãos solidárias entra para ajudar as periferias que estão vivendo um momento muito difícil”. Confira a reportagem:
Edição: Vanessa Gonzaga