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Ciência Popular | Como o Sars-Cov-2 controla nossas células: novas descobertas

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O padrão intrigante observado pelos pesquisadores nas células contaminadas foi de que o vírus consegue controlá-las ao ponto de criar tentáculos longos - Pixabay
O coronavírus estabelece estratégias extremamente complexas para amplificar seu poder devastador.

Um artigo recente publicado na revista Cell revela aspectos ainda mais assustadores do processo de contaminação pelo Sars-Cov-2. Como sabemos, o vírus depende da célula hospedeira para sobreviver e se espalhar pelo corpo. E para tanto, alguns deles estabelecem estratégias extremamente complexas para amplificar seu poder devastador.

O entendimento deste processo microscópico (controle do vírus a nível celular) é ainda mais crítico para basear novas estratégias de controle da infecção, uma vez que é fundamental entender o processo de reprodução das células infectadas no corpo.

O padrão intrigante observado pelos pesquisadores nas células contaminadas foi de que o vírus consegue controlá-las ao ponto de criar tentáculos longos, cientificamente chamados de filopódios.

Estes canais são formas criadas pelo vírus para sair de uma célula e contaminar a próxima, potencializando a sua rápida disseminação e tornando o processo de contaminação ainda mais crítico.

Como o vírus não tem potencial para se reproduzir, ele precisa atuar como hospedeiro celular e atuar como piloto desta máquina. Embora tenhamos defesas naturais como as células T, as enzimas quinases são extremamente poderosas e o alvo para o controle por parte do vírus. Com o controle destas enzimas é possível alterar a célula e refazer a sua programação.

A criação destas protuberâncias é um grande alerta sobre a capacidade que este vírus tem em manipular nossas células, uma vez que além das do filopódios, há o processo de divisão celular e a produção de citocinas que passam a tornar ainda graves os processos inflamatórios. O desenvolvimento de estratégias de combate à Sars-Cov-2 passam naturalmente pela produção de vacinas mas também pelo enfraquecimento do vírus em sua capacidade de ser hospedeiro celular.

Estes são apenas mais alguns aspectos deste monstro que vem sendo perseguido pela ciência. Que venha a vacina e outros agentes físico-químicos de controle para propagação do vírus. Enquanto isso, cuide-se!

Edição: Vanessa Gonzaga