Nesta quinta-feira (27), o Estado de Greve foi aprovado pelos bancários de Pernambuco em assembleia virtual. Caso não haja negociação positiva e reivindicações atendidas, os bancários alertam que poderá haver paralisação parcial ou total dos trabalhos. Além disso, após votação, a assembleia extraordinária passa a ser permanente para pautar as necessidades da categoria.
Segundo a secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Cândida Fernandes, a luta no momento é para garantir o reajuste salarial e a manutenção de direitos já conquistados, como a garantia do acesso ao plano de saúde e benefícios alimentícios, que tiveram propostas de cortes. Mesmo em meio a pandemia, o Comando Nacional dos Bancários alega que o setor financeiro é o mais lucrativo do país e cobra valorização e respeito para os trabalhadores.
"Não vamos aceitar reajuste zero. Até o momento não houve o avanço que os bancários esperam; o reconhecimento pelo trabalho duramente prestado, principalmente neste momento de pandemia. A categoria está disposta a luta, e se não houver reajuste positivo, infelizmente, os banqueiros estão nos empurrando para a greve", garante a secretária.
Até o momento, os representantes dos bancos insistiram no reajuste zero para 2020 e propuseram um abono de R$ 1.656,22 para este ano. Para o ano que vem, a proposta apresentada foi de repor 70% da inflação pelo índice do INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses. As negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) seguem em andamento.
Edição: Vanessa Gonzaga