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Ciência Popular | A dinâmica perigosa do aquecimento global

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O Fundo Mundial para a Natureza estima que até 2100 mais de um terço das geleiras já tenham desaparecido do planeta - Fernando Frazão/Agência Brasil
As grandes potências parecem querer jogar o problema para baixo do tapete

O aquecimento global é uma consequência direta do aumento da concentração de dióxido de carbono e demais gases gerados pela queima de petróleo e derivados, das queimadas e do desmatamento e de toda a atividade industrial que cresceu enormemente nas últimas cinco décadas. Como sabemos, os oceanos absorvem grande parte do calor produzido no planeta, estima-se algo em torno de 90%, e desta forma a temperatura das águas tende a aumentar. Deste processo, estima-se que o nível dos oceanos já tenha subido 2,7 cm desde 1961 como consequência do derretimento das geleiras. E este processo tem tomado uma dinâmica extremamente perigosa. Os noticiários de TV vêm mostrando imagens de que o processo de derretimento das geleiras nunca foi tão acelerado.

O Fundo Mundial para a Natureza estima que até 2100 mais de um terço das geleiras já tenham desaparecido do planeta. Isso significa que o nível do mar pode subir até meio metro. E como esta elevação em meio metro no nível dos mares pode afetar nossas vidas? Além de extinguir diversas espécies, esta mudança muda todo o clima do planeta, uma vez que afeta as correntes oceânicas, tornando ainda mais comum as catástrofes meteorológicas como as grandes enchentes e longos períodos de estiagem.

A solução para problema está na possibilidade cada vez menos real de cessar a emissão de CO2 até 2050. Se continuarmos assim, por esta época, o mar terá mais plástico do que peixe.

Uma mudança drástica na tendência atual de degradação ambiental requer o investimento urgente em novas tecnologias para a eliminação na dependência da matriz energética com derivados de petróleo, como mais células solares, mais veículos elétricos, redução total de emissão de CO2 pelas indústrias, preservação ambiental – conduzindo-nos enfim a um novo modo de convivência com o planeta.

Ao invés disso, vemos um estímulo cada vez maior ao negacionismo, como um sinal claro que as grandes potências parecem querer jogar o problema para baixo do tapete, enquanto divertem a população com missões tripuladas a marte. Ainda é mais fácil resolver o problema daqui do que viabilizar a vida lá. Ao que parece, eles não acreditam nisso.


 

Edição: Vanessa Gonzaga