Na tarde desta quarta (18), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniu virtualmente com diversas candidaturas de esquerda que estão na disputa do segundo turno de diversas prefeituras pelo país. Além de centenas de militantes dos movimentos de todo o país, estiveram presentes a candidata a prefeita do Recife Marília Arraes (PT); Margarida Salomão, que está no segundo turno da disputa da prefeitura de Juiz de Fora (MG) e Guilherme Boulos (PSOL), que busca o cargo de prefeito em São Paulo (SP).
Marília fez um balanço do primeiro turno e projeta a chance de vitória no segundo “Nós lutamos contra grande estruturas de disseminação de fake news e essas agressões que estão se tornando comuns na política. Chegamos ao segundo turno empatados com o candidato da prefeitura e isso já é uma grande vitória. Os ventos apontam que agora vamos ter vitória”.
A candidata reforçou três eixos de propostas: Habitação, Emprego e Agroecologia, criticando a forma como essas políticas são tocadas pela atual gestão “O Recife é a capital da desigualdade do país e um dos fatores dessa desigualdade é o déficit habitacional. Há um abandono da política de habitação. São 150 mil desempregados e precisa haver uma reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho, especialmente da juventude”, projeta.
Ela também ressaltou o papel da prefeitura para a retomada do crescimento econômico em nível local e a necessidade do fortalecimento de políticas voltadas a Agroecologia “A gente quer a Agroecologia nesse processo de retomada da economia, porque não dá pra isentar a prefeitura desse processo. Por quê comprar merenda dos grandes distribuidores e não da Agricultura Familiar, das indústrias de bairro que temos no Recife e que podem participar desse processo? Quando a economia volta a girar na periferia, volta a girar na cidade também” afirma.
Guilherme Boulos, que também participou da atividade, aponta que o resultado em São Paulo pode impor uma derrota ao bolsonarismo “O desafio é também nesse segundo turno fazer uma derrota política de impacto no Bolso-Dória e apresentar um projeto de cidade que é coerente e não deixa de ser ousado e nem de ter o povo no centro do orçamento. Esse é o tom que vamos dar neste segundo turno".
Marília, que junto com João Campos (PSB), deixou para trás as candidaturas de direita ainda no primeiro turno, encerrou apontando outros candidatos que podem vencer a direita nas capitais “Boulos em São Paulo, Manu em Porto Alegre, Edmilson em Belém... São vários candidatos progressistas em todo o país defendendo o mesmo projeto. Que a gente possa, juntos, retomar o Brasil para os brasileiros” conclui.
Edição: Monyse Ravena