Marília Arraes (PT) é formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente no seu primeiro mandato de deputada federal, ela também já teve três mandatos como vereadora do Recife. Marília iniciou sua vida política através do movimento estudantil e de juventude na capital pernambucana.
O Brasil de Fato inicia uma série de matérias com os perfis dos candidatos à Prefeitura do Recife que irão disputar o segundo turno. A ordem foi definida pela posição do candidato nas últimas pesquisas de intenção de voto.
Atuação política
Em 2007, Marília inicia sua trajetória política filiada ao PSB na Secretaria de Juventude e Emprego de Pernambuco na gestão de Eduardo Campos. No ano seguinte, se candidata a vereadora do Recife e é eleita como parlamentar mais jovem daquele pleito com quase 10 mil votos. Ela fica na Câmara Municipal por dois mandatos, quando em 2014 rompe com o PSB e oficializa a saída em 2016, quando se filia ao PT e passa a fazer oposição ao governo do estado.
Em 2016 ela volta a ocupar o cargo de vereadora com uma das votações mais expressivas, o que lhe rende a liderança da bancada de oposição. Em 2018, Marília nacionaliza a disputa interna do PT em torno de sua possível candidatura ao governo do estado, mas o diretório nacional do partido opta por consolidar uma aliança de apoio à reeleição do governador Paulo Câmara, do PSB. Na disputa pela prefeitura do Recife, o PT tem o apoio do PSOL, que ocupa a cadeira de vice-prefeito com João Arnaldo, PTC e PMB. Na corrida para o segundo turno, o Podemos declarou apoio á petista, junto com setores do PL , PTB e de deputado pedetista Túlio Gadelha.
Propostas para o Recife
O programa de governo da chapa tem 98 páginas e inicia com uma análise da situação da cidade, apontando o que programa elenca de “descuidos com a saúde; a piora nos indicadores educacionais; o sucateamento do transporte público; o abandono das áreas de morro e a falta de transparência e participação popular nas decisões de governo”.
Os seis eixos que norteiam o programa são a Proteção Social, Cidadania Ativa, Direito à Cidade, Trabalho e Economia, Combate às Desigualdades e Gestão Eficaz e Democrática. Na saúde, o carro chefe das propostas é o fortalecimento da Atenção Básica, com garantia de cobertura de 100% da população com equipes de saúde da família e programas específicos para a saúde da população negra, das mulheres e LGBTQI+.
Na educação, destaque para a Criação do Programa Florescer, que prevê a construção de Creches para atender 100% da demanda na cidade e para a criação de políticas de inclusão e permanência de crianças com múltiplas deficiências na educação básica.
Em relação ao emprego, está proposta a criação de um fundo de aval de R$ 50 milhões por ano para conceder microcrédito para o estímulo à economia popular e solidária. Na moradia, o Programa Palafita Zero fará a retirada das famílias residentes em palafitas e sua realocação para unidades habitacionais próprias em locais decididos pela comunidade e o Programa Revitalizar irá levar mais infraestrutura para as comunidades localizadas em morros.
Edição: Monyse Ravena