Durante a manhã desta segunda-feira (01), o Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE/PB) junto à campanha Mãos Solidárias promoveu um café-da-manhã junto aos caminhoneiros em solidariedade à greve da categoria, que protesta contra o aumento do combustível. Além do reajuste feito pela Petrobrás no preço do diesel em 4,4%, um reajuste de 6% no gás de cozinha já havia sido feito na primeira semana do mês.
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Além de levar marmitas para o Posto Pichilau, em Jaboatão dos Guararapes, onde o ato estava concentrado, o Sindipetro distribuiu 50 botijões de gás para as famílias em situação de vulnerabilidade social na Comunidade do Papelão, no centro do Recife.
Segundo Rogério Almeida, coordenador do Sindipetro PE/PB, a luta dos caminhoneiros e dos petroleiros convergem em três pontos. “A luta para baixar o combustível; pedir o fim da Paridade de Preços Internacionais (PPI) e a luta contra as privatizações das refinarias, porque se privatizar o governo não tem mais controle sobre o preço do combustível e o preço vai ficar obrigatoriamente no valor internacional”, explica. O coordenador explica que a PPI regula o preço do combustível no Brasil igual ao mercado internacional, e isso significa que o brasileiro está pagando em dólar. O ideal, adiciona, é seguir o mercado local.
Este foi o primeiro ato dos petroleiros em 2021 e Rogério Almeida enfatiza que a luta contra as privatizações de refinaria devem continuar no centro da pauta deste ano. “Foi anunciada a venda de oito refinarias do Brasil, o que corresponde a 50% do mercado brasileiro de combustível. É mais um risco que a gente corre de ficar refém do preço internacional do petróleo”. Uma das refinarias que também corre risco de venda é a de Abreu e Lima, que deve ser também centro da luta dos petroleiros.
Edição: Vanessa Gonzaga