Nesta quarta-feira (17), morreu o ativista, cantor e compositor do grupo Bongar, Guitinho da Xambá. O diagnóstico de morte encefálica aconteceu após o cantor sofrer de um acidente vascular cerebral (AVC) no dia 10 de fevereiro. Desde o dia 1º, Guitinho estava internado no Hospital da Esperança, em Olinda, onde vive. O cantor estava fazendo exames preparatórios para realizar uma cirurgia relacionada à síndrome de Cushing, uma doença rara que tinha. 

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Guitinho fez parte da comunidade quilombola tradicional de matriz africana Nação Xambá, localizada em Olinda, onde era responsável pelo canto e pelo toque nos terreiros. Ele foi um dos fundadores do grupo Bongar, em 2001, que tinha o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos. Até recentemente, o grupo era composto por seis jovens, todos integrantes do terreiro, e tem um trabalho voltado para a preservação e divulgação da cultura pernambucana.

Durante a última semana, família e amigos chegaram a realizar uma campanha de pedido de doação de sangue e de orações para o cantor que, por fim, não resistiu. Através das redes socais, Marileide Alves, jornalista e esposa de Guitinho, expressou seus sentimentos. "Meu marido, companheiro, parceiro de 17 anos. Que nossa mãe Yemanjá te receba nos braços, que teu Pai Ogum te guie na eternidade." Guitinho parte e deixa para trás um legado como músico e também como ativista. 

O velório acontece nesta quinta-feira (18), no Centro Cultural do Grupo Bongar, desde às 11h, e o enterro deve acontecer no Cemitério de Beberibe, em Águas Compridas, na parte da tarde.

Edição: Vanessa Gonzaga