Na manhã de segunda (17), cerca de 250 famílias ligadas ao Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT) ocuparam o prédio Segadas Vianna, que pertence ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e fica no bairro Santo Antônio, na zona central do Recife.
Segundo Giancarlo Costa, coordenador do movimento, a ocupação foi a solução para as famílias que estão desalojadas por causa das últimas chuvas na Região Metropolitana do Recife e também da pandemia, já que muitas pessoas não estão conseguindo pagar aluguéis. A ocupação leva o nome Leonardo Cisneiros, em memória ao professor universitário e militante da luta urbana que faleceu no início do mês de abril. Leo participou do movimento Ocupe Estelita e na criação do grupo “Direitos Urbanos - Recife”.
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As movimentações para ajudar na alimentação e permanência das famílias no local começaram nesta terça (18), com a distribuição de água e cerca de 100 marmitas pela Campanha Mãos Solidárias, feitas com alimentos oriundos de áreas de reforma agrária ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As doações de roupas, comida e água podem ser feitas no próprio prédio, localizado na Rua Marquês do Recife, nº 32.
O INSS anunciou em nota que acionou a Polícia Civil e a Polícia Federal e que a Procuradoria atuará para pedir a reintegração de posse do imóvel e que "Em julho do ano passado, houve notificação à Polícia Federal sobre os eventos ocorridos durante a pandemia e foi solicitado reforço na segurança". De acordo com Giancarlo, a expectativa do MLRT é negociar a permanência das famílias com o Governo Federal "Com certeza nós vamos recorrer da decisão, sem dúvidas".
Em atualização
Edição: Vanessa Gonzaga