Em seu segundo livro, “No útero não existe gravidade”, Dia Nobre desenterra as chagas íntimas e sociais das mulheres. O livro é talhado por histórias de filhas, mães, avós, mulheres que conheceram o peso de ser mulher muito cedo e seguem uma jornada de busca de si, tentando construir novas de referências. Também se discute a relação entre mães e filhas e a pressão social que existe sobre a mulher no que diz respeito à maternidade.
O lançamento virtual do livro “No útero não existe gravidade” acontece no canal da Editora Penalux no Youtube na próxima quarta (26) às 19h, com mediação da booktuber Tamy Ghannam, graduada em Letras, crítica literária e pesquisadora de narrativas brasileiras contemporâneas.
A obra é uma ficção híbrida que aborda o tema do abandono materno e seus reflexos na vida de uma mulher que busca entender as razões da fuga da mãe, ao passo que lida com os traumas gerados pelo desamparo. O enredo trata dos dilemas gerados pelo abandono e discute os efeitos desses acontecimentos na saúde mental da personagem. É um livro sobre como as mulheres tentam caber dentro de si mesmas e vão se tornando cada vez menores para que sejam encaixáveis e não deixem à mostra os desejos, o ímpeto de vida, o impulso de morte.
A escritora
Dia Nobre é escritora e professora adjunta do curso de história da Universidade de Pernambuco em Petrolina, desenvolvendo projetos ligados à literatura, história, lesbianidades e feminismo. Possui dois livros publicados na área da pesquisa histórica, “O teatro de Deus e Incêndios da Alma”, tendo recebido três prêmios por este último, incluindo o Prêmio Capes de Teses (2015). Seu primeiro livro de prosa poética, “Todos os meus humores”, foi publicado em junho de 2020 pela Editora Penalux.
Edição: Vanessa Gonzaga