O Governo de Pernambuco confirmou, em coletiva de imprensa online nesta quarta (18), que a variante Delta já circula no território. Na quinta-feira (12), um sequenciamento genético feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) revelou duas amostras com a cepa em dois homens, residentes em Abreu e Lima e Olinda.
Até o momento, não foi encontrado vínculo entre estes pacientes positivos, indicando a probabilidade de circulação da variante Delta no estado. Quando não é possível rastrear a origem da infecção, isto significa que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para locais onde há registro de casos.
A Secretaria continuará investigando outros possíveis contactantes dos dois casos positivos. O Secretário André Longo reforçou a importância dos cuidados e, principalmente, da vacinação contra a Covid-19. "O vírus continua circulando, com a introdução de variantes preocupantes, como é o caso da Delta. Completar o esquema vacinal, com as duas doses, é essencial para a eficácia da imunização", ressaltou Longo.
Vacinação
Pernambuco já aplicou 7.064.104 doses de vacinas contra a Covid-19 desde o início da campanha de imunização no Estado. Desse total, 2.111.763 pernambucanos completaram seus esquemas vacinais, sendo 1.939.968 pessoas que foram vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses e outros 171.795 pernambucanos que foram contemplados com vacina aplicada em dose única. De acordo com o IBGE, a população estimada no estado é de 9.616.621 pessoas. Sendo assim, o estado até agora vacinou aproximadamente 73% da população.
Programa de Testagem
Também nesta quarta-feira (18) o governo anunciou o TestaPE - programa de testagem em massa da população para detecção da covid-19. A iniciativa visa testar 10% da população do Estado nos próximos seis meses com 1.090.713 testes de antígeno para ampliação da oferta de exames em locais estratégicos nos municípios.
Nesta primeira etapa, aproximadamente 1,5% da população pernambucana deverá ser testada até o final de setembro com o primeiro lote que contém 200 mil exames. Cada cidade deve organizar sua logística para testar a população a partir de três eixos: na porta de entrada da rede de saúde (unidades básicas de saúde, policlínicas e as Unidades de Pronto Atendimento); nos locais com grande circulação de pessoas, como os terminais integrados de ônibus e estações de metrô; e nos serviços do setor público e privado, através de parcerias com instituições do terceiro setor.
"Com mais pessoas testadas, mais amostras são coletadas para sequenciamento genético, proporcionando maior amostragem para detecção das cepas circulantes na nossa população", argumentou o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Similar ao exame RT-PCR, o teste rápido de antígeno também é feito com a coleta de material biológico da nariz e garganta do paciente, com swab nasal. A diferença é que o resultado, ao contrário do RT-PCR, sai em aproximadamente 30 minutos. Também não é preciso levar ao laboratório ou utilizar equipamentos complexos para saber o resultado. A indicação é que o exame seja feito em até dez dias após o início dos sintomas, com preferência entre o quinto e o sétimo dia. Assim como os testes moleculares de RT-PCR, o de antígeno também detecta a doença em sua fase aguda, quando a infecção está ativa e há maior risco de transmissão.
Edição: Vanessa Gonzaga