Na madrugada desta terça (24), 105.300 doses da vacina contra a covid-19 fabricadas pela Pfizer/BioNTech foram recebidas no estado de Pernambuco. As doses já foram encaminhadas para armazenamento no Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e deverão ser utilizadas para a primeira dose da população em geral e dos adolescentes entre 12 e 17 anos com deficiência permanente, comorbidades, gestantes, puérperas (no puerpério remoto – até um ano) ou privados de liberdade; e segundas doses de gestantes e puérperas. Vale lembrar que apesar da permissão, a vacinação dos adolescentes será coordenada pelos planos municipais de imunização de cada município.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, comemorou os avanços na vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos nos casos previstos na lei federal, mas advertiu que é preciso continuar incentivando a imunização dos que faltam e insistindo na necessidade de completar o esquema vacinal com as duas doses. "Lembro que a segunda dose é indispensável para criar uma proteção mais robusta e evitar os casos graves e óbitos pela Covid-19", reforçou.
Hoje, o imunizante da Pfizer é o único autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para público entre 12 e 17 anos no Brasil. Com estudos de eficácia desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa, a permissão para o uso do imunizante aconteceu em junho. Agora, as pesquisas com os imunizantes estão sendo feitas com crianças e adolescentes menores de 12 anos que participam dos testes nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha. A fabricante testará a imunização em duas doses com 10µg (microgramas) em crianças entre 5 e 11 anos, e de 3µg para bebês e crianças de 6 meses a 5 anos.
Também no mês de junho, a revista The Lancet publicou um estudo que aponta que a Coronavac é segura e capaz de gerar resposta imune para crianças a partir dos três anos. Após duas doses do imunizante, mais de 96% do grupo testado (552 crianças e adolescentes saudáveis de 3 a 17 anos) teve resposta imune eficaz contra o Sars-CoV-2. Ainda assim, a Anvisa negou em 18 de junho o pedido do Butantan para incluir o público na faixa de 3 a 17 anos na bula do imunizante.
Edição: Vanessa Gonzaga