A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) anunciou nesta quinta (09) que Pernambuco passa a utilizar o prazo de oito semanas (60 dias) de intervalo entre as duas doses da vacina contra a Covid-19 da fabricante Pfizer/Biontech . O objetivo é ampliar o número de pessoas com o esquema vacinal completo, evitando adoecimentos graves e óbitos pelo novo coronavírus, principalmente neste momento de circulação da variante Delta, considerada mais contagiosa.
A decisão foi pactuada entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems) e anunciada pelo secretário André Longo durante coletiva de imprensa. A nota técnica já foi encaminhada aos gestores municipais, que irão organizar sua rede e informar a sua população sobre quando será feita a alteração.
"Precisamos acelerar o processo de vacinação dos pernambucanos. A proteção da vacina é mais efetiva quando aplicadas as duas doses, por isso a importância dessa redução. Além disso, a população que está com a segunda dose em atraso também precisa finalizar seu esquema. Atualmente, são mais de 650 mil pernambucanos com a segunda aplicação em atraso. Os municípios precisam convocar esse público e fazer busca ativa para que possamos garantir a proteção ideal", afirmou Longo.
De acordo com o sistema de informação do Ministério da Saúde (MS), que é alimentado pelos municípios, há, atualmente, 653.671 pessoas com segundas doses das vacinas contra a Covid-19 em atraso em Pernambuco. Desse total, 459.493 precisam finalizar o esquema vacinal com a Astrazeneca/Fiocruz, 160.486 com a Coronavac/Butantan e 33.692 com a Pfizer.
"Reforço que não orientamos utilizar as vacinas destinadas para a primeira dose como segunda. As primeiras doses devem ser aplicadas exclusivamente para iniciar novos esquemas vacinais, garantindo mais pessoas imunizadas com a primeira aplicação", frisa o secretário.
Terceira Dose
Na próxima segunda-feira (13), a secretaria estadual de saúde se reunirá para discutir e pactuar a dose de reforço para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
Dois grandes grupos serão imunizados a partir do dia 15 de setembro: pacientes que apresentam alguma imunodeficiência (transplantados, oncológicos, pessoas que vivem com HIV ou que realizam hemodiálise e outras situações clínicas) e os idosos acima de 70 anos. Estudos recentes apontam que esses grupos precisam de três doses para serem considerados imunizados. Já no caso do grupo dos imunossuprimidos,é preciso tomar a terceira dose após 28 dias da segunda aplicação. Os idosos serão convocados após seis meses da segunda dose
Edição: Vanessa Gonzaga