"O nosso maior objetivo é o enfrentamento ao racismo e o alcance do bem viver pra população"
Como o mês de novembro é conhecido como Novembro Negro, as lutas dos movimentos negros por direitos se intensificam ainda mais. Junto a isso, a data 25 marca o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. E para pensar o fim da violência de gênero, é essencial pensar com uma perspectiva de raça. No Vozes Populares de hoje, conheça um desses movimentos que uniu as duas lutas: contra a violência de gênero e contra o racismo no país. É a Rede de Mulheres Negras do Ceará.
Rayane Vieira, integrante da rede desde sua fundação, conta que tudo teve início em 2018, após o trigésimo ano do Encontro Nacional de Mulheres Negras em Goiânia. O evento que reuniu mulheres negras de todo o país foi o pontapé para que as mulheres que representavam o Ceará dessem continuidade ao movimento no próprio estado.
Hoje, 40 mulheres se articulam entre dois núcleos no estado (o da região do Cariri e o de Fortaleza e Região Metropolitana) e criaram um espaço de luta e de fortalecimento de mulheres negras. "O nosso maior objetivo é o enfrentamento ao racismo e o alcance do bem viver pra população", defende.
Já teve ação de solidariedade nas comunidades, atos nas ruas, lives debatendo temas importantes como, por exemplo, a saúde mental da população negra e várias outras iniciativas. Durante 2021, a rede ficou voltada para o projeto "Enfrentando o Racismo", do Fundo Brasil de Direitos Humanos.
Em novembro, a rede também participa como parceira em ações de outros coletivos, como a campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que é abraçada por diversos movimentos, inclusive o núcleo do Cariri da rede. No dia 26, acontece mais um evento, a "Sexta Preta", para fechar o mês, que será transmitida pelo canal do Youtube. Você pode encontrar mais informações no Instagram @mulheresnegrasdoceara. Ouça o programa completo na íntegra para saber mais!
Edição: Vanessa Gonzaga