"O HIV pode se apresentar em qualquer pessoa. E essas pessoas precisam de apoio, amor e afeto"
Associar o mês de dezembro ao vermelho é automático por causa de todo o clima natalino. Mas você sabia que este mês é conhecido como Dezembro Vermelho também por outro motivo? É quando acontece uma campanha que chama atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce do HIV e o tratamento contra a AIDS. Quem tem feito muitos projetos voltados pra isso é o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), uma entidade que atua por uma educação e saúde preventiva, cidadã e democrática.
Ainda neste mês, o GTP completa 21 anos. Com sede no Recife, a ONG tem atuação na capital, na Região Metropolitana e em algumas cidades do interior. Ao longo desse tempo, mais de 42 mil pessoas foram atendidas. Foram testes rápidos de HIV realizados, preservativos distribuídos, materiais informativos produzidos e diversos projetos postos em prática.
Um deles é o "Turma da Prevenção", ativo há anos. Nele, um grupo de teatro busca acabar com os mitos sobre HIV e AIDS de forma lúdica. Um outro é o Cozinha Solidária, que cuida da segurança alimentar das pessoas vivendo com HIV. Tem também o Espaço Posithivo, que é a porta de entrada do GTP+, um espaço de acolhimento pra quem procura a instituição, seja buscando diagnóstico ou quando já tem e quer outras orientações.
Quem foi acolhida pela entidade foi Nance Ferreira, que começou sendo beneficiária do projeto e hoje é coordenadora do Espaço Posithivo. "Eu já vivo com HIV há 18 anos e quando descobri que era uma pessoa vivendo com HIV, fui acolhida pelo GTP. Foi minha primeira e única casa de acolhimento, nesse sentido de instituição", partilha. Ela conta que foi a ONG que lhe mostrou que era possível viver bem com HIV, mantendo uma rotina comum de trabalho e estudo.
Nesse mês de dezembro, foi pensada toda uma programação pelo GTP+: apresentações artísticas, depoimentos, show beneficente e muito mais. Para conferir toda a programação, acompanhe o Instagram @gtposithivo. Nance pede respeito e que os direitos de todos que vivem com HIV sejam assegurados. "O HIV pode se apresentar em qualquer pessoa. E essas pessoas precisam de apoio, amor e afeto", defende.
Para ouvir o programete na íntegra, aperta play no áudio do começo desta matéria.
Edição: Vanessa Gonzaga