Dando continuidade ao Especial Indígenas de Pernambuco no programa Prosa e Fato, nesta semana entramos nos caminhos que levam ao encontro dos Kapinawá, no Vale do Catimbau e também na Serra do Umã, para conversar com o povo Atikum. Nesta edição batemos um papo com Sandra Juká, que é professora Kapinawá e faz parte do grupo de jovens Sambaruá e também com o Pajé Jackson do povo indígena Atikum.
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Os Kapinawás se reconhecem como descendente dos indígenas que habitavam a Aldeia de Macaco, referida desde o século XVIII. Instalados entre os municípios de Buíque, Tupanatinga e Ibimirim, eles têm uma população de aproximadamente 5 mil habitantes e a luta histórica para garantia do território foi marcada por muita perseguição e violência.
Já os Atikum vivem em diversos municípios do sertão, como Carnaubeira da Penha, Salgueiro e Orocó. São 53 aldeias mas, menos da metade do território Atikum é demarcado.
Os conflitos muitas vezes resultam em violência. Conforme o relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, divulgado em novembro de 2021 pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), o número de assassinatos de indígenas aumentou 61% em 2020. Ao todo, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) registrou 182 assassinatos, sendo 6 deles aqui em Pernambuco. No ano anterior, em 2019, foram registrados 113 casos.
As motivações para esses crimes são várias, desde conflito fundiário à feminicídio. A situação é grave e esse contexto de violência infelizmente perpassa toda a história dos povos indígenas para garantia de seus direitos e territórios.
O Prosa e Fato é um programa de entrevistas que debate os mais diversos temas a partir de uma visão popular e vai ao ar na Rádio Paulo Freire 820 AM todas as segundas às 12h, na Rádio Brasil de Fato e também nas principais plataformas de streaming, como Spotify e Google Podcasts.
Edição: Vanessa Gonzaga