Pernambuco

MEIO AMBIENTE

Reunião debate estratégias de desenvolvimento econômico sustentável no Recife nesta quarta (23)

Plano de Adaptação Setorial Recife pretende tornar a cidade mais resiliente aos efeitos das mudanças do clima

Brasil de Fato | Recife (PE) |
O Plano traz um diagnóstico dos riscos urbanos aos quais a cidade está submetida com a chegada das mudanças climáticas - Andrea Rego Barros/PCR

Construído à muitas mãos, um documento pode contribuir na redução dos impactos dos eventos decorrentes da mudança do clima na capital pernambucana. É a ideia do Plano de Adaptação Setorial Recife (PASR), executado pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) através do Projeto CITinova. Seu andamento será apresentado nesta quarta-feira (23), durante reunião virtual do Grupo Executivo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (GECLIMA) em aberta ao público e transmitida ao vivo no canal da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (Smas).

O PASR é desenvolvido em conjunto com a Prefeitura do Recife, o ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade e a WayCarbon e está na fase de diagnóstico de riscos e vulnerabilidades, para a partir daí propor um conjunto de soluções pensadas para projetos urbanísticos e de infraestrutura, com soluções baseadas na natureza e atividades de engajamento da sociedade.

"Aguardamos a participação de agentes importantes para a construção do PASR, como lideranças comunitárias, movimentos sociais, organizações não governamentais e moradores do Recife e Região Metropolitana, para que possam conhecer o projeto e entender sua importância para mobilização na busca por um Recife mais resiliente", afirma Marcos Baptista, Presidente da ARIES.

O Plano

Construído com base em quatro setores norteadores - Mobilidade Urbana, Saneamento Básico, Economia e Transformação Urbana - o PASR tem como finalidade, promover o desenvolvimento sustentável no meio urbano do  Recife a partir de análises técnicas e construção conjunta, visando tornar a cidade mais resiliente aos efeitos das  mudanças do clima.

Atualmente, o projeto está na fase de diagnóstico, que considera as ameaças presentes e futuras em relação à elevação do nível do mar; inundação fluvial; seca meteorológica; ondas de calor; proliferação de vetores de doença (como o Aedes aegypti) e deslizamentos de terra no território. Com a finalização desta etapa, serão definidas e detalhadas ações prioritárias para os setores estratégicos, considerando os indicadores sociais e grupos vulneráveis a partir das análises desenvolvidas pelas equipes técnicas no Relatório dos Riscos Setoriais.

Alinhado ao Plano Recife 500 Anos, o Plano de Adaptação Setorial é mais um projeto-piloto do dentro do Projeto CITinova, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O CITinova possui financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e é executado pela ARIES e Porto Digital na capital pernambucana.

Edição: Vanessa Gonzaga