Precisamos de muito ânimo e disposição para construção de comitês populares em todo o país

O mês de março de 2022 já ficou marcado na história como o mês de fundação do Movimento Brasil Popular. Tal movimento, apesar de tão recente, já conta em suas fileiras com centenas de militantes, de movimentos com origem no campo, como o Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), e na cidade, como o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD). Boa parte destes oriundos da organização Consulta Popular.

É preciso ter em mente, e isso é central para compreender a cisão na antiga organização e a formação deste novo movimento, que vivemos tempos excepcionais. E em momentos de excepcionalidade, é preciso mais do que nunca compreender papéis históricos e quais são os melhores caminhos para construir a sociedade que queremos. Não é segredo para ninguém que vivemos um período tenebroso e que precisamos atuar no sentido de superá-lo. Para isso, há duas tarefas centrais desde já: eleger Lula presidente, junto a uma bancada forte e progressista; e construir força social para disputar rumos de um futuro governo Lula.

Para a primeira tarefa, central em 2022, precisamos de muito ânimo e disposição para construção de comitês populares em todo o país. Comitês que subsidiem e fortaleçam as campanhas ao longo do ano. Não é possível esquecer um só minuto o quanto este ano será difícil e que ainda estamos longe da vitória. Esta eleição precisará ser conquistada a cada dia até a votação. Neste momento é importante balançar as bandeiras de um programa mínimo para a sociedade, sem esquecer que não é momento para sectarismos. A reconstrução do Brasil é em si a grande bandeira a ser agitada em 2022.

A segunda tarefa, talvez ainda mais difícil, será a de construir força social suficiente para garantir as mudanças que este país precisará enfrentar neste desafio de reconstrução. Não será nada fácil. Junto a isso, é preciso encarar que ninguém dará conta deste desafio sozinho. Nem partidos, nem movimentos sociais. Precisaremos construir uma confluência de forças e disposições para, com muita fraternidade e firmeza, atuar nas tarefas que se farão necessárias neste novo período. 

É dentro deste quadro que mais uma vez saúdo a formação do Movimento Brasil Popular, desejando força e disposição para ser mais um forte movimento a reunir forças para a necessária tarefa de reconstrução de nosso querido Brasil.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato Pernambuco.

Edição: Vanessa Gonzaga