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Cultura

Com 800 atrações multiculturais, FIG reposiciona Garanhuns como polo multicultural do Agreste

O FIG chega à sua 30ª edição homenageando os 30 anos do Manifesto Caranguejo com Cérebro

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Todos os anos, o evento reúne cerca de 500 mil pessoas em Garanhuns - Costa Neto/Divulgação

Após dois anos, a Praça Cultural Mestre Dominguinhos voltou a ser um espaço multicultural no agreste pernambucano. Este ano, está de volta o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que esteve com sua programação suspensa devido à pandemia da covid-19. O FIG chega à sua 30ª edição homenageando os 30 anos do Manifesto Caranguejo com Cérebro e trazendo mais de 800 atrações que vão de teatro, grupos de maracatu, afoxé, dança, circo, exposições fotográficas e muitas outras artes divididas em 24 polos na cidade.

O frio, que toma conta da cidade das flores, é aquecido com a fervura da arte. Nascido em 1991, o festival foi iniciativa do professor universitário Marcílio Reineux, que trouxe a ideia do após participar de um evento parecido em Sergipe. Seu sobrinho, o também Marcílio Reineux, que na época era diretor de cultura de Garanhuns, fez parte do grupo fundador. Marcílio organizou a primeira edição do evento, que deveria ter acontecido em 1990.

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“Seria uma excelente ideia já que Garanhuns reunia todas as condições para realizar um festival de invernor. Graças a esse apoio incondicional, através da Fundarpe, foi possível realizar a primeira versão do evento que aconteceu em julho de 1991”, conta Marcílio. Ambicioso desde sua primeira edição, o festival de inverno já começou grande, com 16 dias de evento.

Ainda segundo o professor, FIG surgiu com duas propostas. A primeira, proporcionar uma reciclagem para os professores da rede pública, por isso foram programadas diversas oficinas culturais. A segunda ideia era promover a cultura através dos shows em praça pública. Nesses 30 anos de festival, mais de 20 mil artistas passaram por Garanhuns. Entre os nomes, estão Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Alcione, Cássia Eller e Elza Soares. Em cada edição, cerca de 500 mil pessoas movimentam a rotina e a economia da cidade.


A última edição do festival aconteceu em 2019 e agora, em 2022, ele volta com a celebração dos 30 anos de FIG / Felipe Souto Maior/Fundarpe

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De tanto amor pelo festival, Ana Jaira, jornalista garanhuense que também esteve na organização da primeira edição, tem, há 27 anos, um programa de rádio para comentar à programação FIG. “A gente dá o maior apoio aos nossos artistas, a gente quer mostrar para a população que realmente há importância na gente mostrar a cultura, da gente divulgar e o festival eu acho que é tudo na nossa vida. Eu acho que qualquer pessoa que você conversar aqui de Garanhuns vai falar do Festival de Inverno sim!”, conta Ana com entusiasmo.

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A história do festival foi concretizada no livro “Festival de Inverno de Garanhuns - 30 anos”. lançado pela Companhia Editora de Pernambuco na abertura do FIG 2022. Michelle de Assumpção, jornalista e editora do livro, conheceu o FIG ainda no seu início, em 1994 e de lá para cá, ela colecionou diversos momentos com o festival. “Quando recebi esse convite da CEPE pra escrever sobre os 30 anos do festival eu fui com muita tranquilidade, com muita certeza de que era uma história que eu tinha testemunhado e que eu saberia contar. Ao mesmo tempo, com muito respeito e muita honra porque não é pouca coisa e recuperar essa memória foi um trabalho gigante”, declara Michelle.

O FIG já faz parte do calendário nordestino. Como a edição dos 30 anos é festiva e a maior que já aconteceu, a programação deste ano segue até o dia 31 de julho com shows de Duda Beat, Gal Costa e diversas expressões artísticas. Confira a programação completa.

Edição: Vanessa Gonzaga