Em nova atualização divulgada nesta quinta-feira (11), o Governo de Pernambuco comunicou que o número de notificações da nova varíola chegou a 96 no Estado. O informe da Secretaria Estadual de Saúde (SES) anterior a esse, dessa segunda-feira (8), dava conta de 47 registros da doença transmitida pelo vírus monkeypox. Em apenas três dias, a quantidade mais que dobrou. Dos 96 casos, 76 estão em investigação (contra 33 no início da semana), 7 foram descartados (dois a mais) e 13, confirmados (o mesmo número).
Em todos os casos positivos, foi constatado vínculo epidemiológico entre os pacientes e pessoas que viajaram ou se deslocaram para locais fora do Estado. Ou seja, as 13 pessoas não contraíram o vírus de alguém no modelo de transmissão local, que é quando não se é infectado por alguém que estava de viagem.
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Já os dois exames negativos foram de adolescentes reeducandos na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, no município de Limoeiro, no Agreste pernambucano.
Os quadros investigados são de pessoas residentes das cidades de Recife (15), Olinda (11), Jaboatão dos Guararapes (5), Paulista (5), Abreu e Lima (4), Pesqueira (4) Carpina (3), Caruaru (3), Limoeiro (3), Petrolina (3), Araripina (2), Camaragibe (2), Ipojuca (2), Araçoiaba (1), Belo Jardim (1), Bodocó (1), Buíque (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Floresta (1), Gameleira (1), Inajá (1), Nazaré da Mata (1), Rio Formoso (1), Tacaimbó (1), Timbaúba (1), Vitória de Santo Antão (1) e São Paulo (1).
Segundo informou a SES na semana passada, os testes coletados estão sendo encaminhados para o Laboratório de Enterovírus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) , no Rio de Janeiro - referência para o diagnóstico da monkeypox - e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).
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De acordo com a Secretaria de Saúde, pacientes com quadros graves deverão ser encaminhados (via Central de Regulação de Leitos do Estado) para as unidades de referência em doenças infectocontagiosas do Recife: Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, Zona Norte da capital; Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, área central; e Hospital das Clínicas, no Derby, área Central.
A doença
A varíola dos macacos é causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, da sigla em inglês) e é uma doença mais leve que a varíola mais conhecida, a smallpox, erradicada na década de 1980.
A monkeypox é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. Também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas por quem está doente.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Sintomas
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. O Ministério da Saúde ainda recomenda o uso de máscaras.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Vanessa Gonzaga