Pernambuco

MONKEYPOX

Secretaria de Saúde anuncia transmissão comunitária da varíola dos macacos em Pernambuco

Estado tem 42 casos confirmados e 351 que ainda estão em investigação; maioria dos casos está localizada em Recife

Brasil de Fato | Recife (PE) |
varíola rio
. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza, até o momento, 502 notificações da doença - Reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou mais uma atualização dos casos notificados envolvendo a varíola causada pelo vírus monkeypox. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza, até o momento, 502 notificações, sendo 351 casos que ainda estão em investigação, 42 confirmados e 109 casos descartados. Com esta nova atualização, Pernambuco confirma a transmissão comunitária do vírus monkeypox no Estado.

Do total das notificações, 42 pacientes tiveram confirmação laboratorial para a monkeypox e envolvem pessoas residentes nos municípios de Recife (27), Jaboatão dos Guararapes (4), Paulista (2), Olinda (2), Caruaru (2), Petrolina (1), Camaragibe (1), Surubim (1), São José do Egito (1) e Condado (1). Dos casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar.  

Transmissão Comunitária

Secretária executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael explica o termo "A transmissão comunitária da doença acontece quando não é mais possível identificar a origem da infecção. Esse estágio já era esperado, visto que diversos estados do país já confirmaram a circulação sustentada e a disseminação autóctone do vírus", pontua. 

Ela assegurou que  permanecem todas as ações de monitoramento e acompanhamento dos casos, assim como a obrigatoriedade da notificação compulsória pelos serviços de saúde. O Estado também possui o Plano de Resposta de Saúde Pública aos casos de Monkeypox em Pernambuco com o objetivo de minimizar o impacto provocado pela introdução do vírus no território estadual. 


Exames do tipo PCR, também aplicados com o novo coronavírus, podem identificar se uma pessoa está infectada com varíola de macacos / Agência Brasil


"Apesar da maioria dos casos se manifestarem de forma leve, reforçamos a necessidade da população ficar mais atenta com relação aos sintomas, como as lesões na pele. Como ainda não há vacina para a doença é importante que se mantenham alguns cuidados. Caso ocorra o aparecimento de lesões é preciso procurar um serviço de saúde na sua cidade, manter o isolamento e seguir todas as recomendações médicas, a fim de evitar a transmissão e propagação do vírus", afirma Patrícia Ismael.

A doença

A varíola dos macacos é causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, da sigla em inglês) e é uma doença mais leve que a varíola mais conhecida, a smallpox, erradicada na década de 1980. 

A monkeypox é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. Também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas por quem está doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. O Ministério da Saúde ainda recomenda o uso de máscaras.

*Com informações da Agência Brasil

 

Edição: Vanessa Gonzaga