Pernambuco

SAÚDE

Pernambuco tem 144 casos confirmados de varíola dos macacos e 707 pacientes em investigação

Maioria dos casos se concentram na faixa etária dos 20 a 39 anos; 47 pessoas já se curaram da doença

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Dos 144 casos positivos, 47 evoluíram para cura e 97 estão em isolamento domiciliar - Foto: Getty Images/iStockphoto

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) atualizou os dados da Monkeypox em Pernambuco. Até esta terça-feira (04), foram feitas 1.235 notificações, sendo 144 casos confirmados, 350 casos descartados e 707 casos que estão em investigação.

Deste total, 114 são do sexo masculino e 30 do sexo feminino. Dos 144 casos positivos, 47 evoluíram para cura e 97 estão em isolamento domiciliar. Já em relação à distribuição por faixa etária, a maioria dos casos se concentram na faixa etária dos 20 a 39 anos (94 casos); as crianças de 0 a 9 anos acumulam 8 casos; as entre 10 a 19, 12 casos, dos 40 a 49 anos, 18 casos; e na faixa a partir dos 50 anos, são 12 casos confirmados. 

A investigação dos casos notificados se subdivide em 644 casos suspeitos e 63 casos prováveis, conforme classificação definida pelo Ministério da Saúde (MS). O s casos suspeitos são considerados aqueles nos quais os pacientes apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox.

Com relação aos casos prováveis são aqueles em que os pacientes se enquadram como suspeitos e além da lesão cutânea apresentam outros critérios como exposição próxima e prolongada com caso provável ou confirmado de Monkeypox. 

A doença

A varíola dos macacos é causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, da sigla em inglês) e é uma doença mais leve que a varíola mais conhecida, a smallpox, erradicada na década de 1980. 

A monkeypox é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. Também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas por quem está doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. O Ministério da Saúde ainda recomenda o uso de máscaras.

*Com informações da Agência Brasil

Edição: Vanessa Gonzaga