A riqueza cultural e gastronômica do Nordeste brasileiro é amplamente conhecida. Entre as muitas iguarias que compõem a culinária nordestina, o caju se destaca pela sua versatilidade e potencialidades nutricionais e culinárias. Confira:
No Brasil, os maiores produtores estão localizados no Nordeste: no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. Assim, o caju é de grande importância econômica na região, uma vez que gera 35 mil empregos diretos no campo e 15 mil na indústria, além de 250 mil empregos indiretos nos dois segmentos.
E não apenas pela sua importância gastronômica e econômica, mas identitária, nos orgulhamos de ter o maior cajueiro do mundo, que cobre uma área de nove mil metros quadrados, no Rio Grande do Norte. A grandiosidade é tamanha que os entusiastas do caju estão empenhados em levá-lo para o mundo digital.
Recentemente, o influenciador digital e humorista Whindersson Nunes criou um abaixo-assinado para que criem um emoji de caju. Quem abraçou a ideia foi o Museu do Caju, que foi criado em 2007 e está localizado em Caucaia no Ceará. Para Gerson Linhares, diretor do Museu, a petição é importante, pois evoca a representatividade que o caju tem para o povo nordestino.
“O Ceará é o maior produtor de caju do Brasil, seguido do PI, RN e outros estados do Nordeste. Então, só em ter isso: estamos no Ceará, na terra do caju, criamos o Museu do Caju, porque não também a gente se agregar a essa luta para que a gente crie o emoji do caju?”, afirmou.
O Museu do Caju é o primeiro e único projeto que promove e divulga a cultura do caju como um dos principais produtos de inclusão socioeducacional, cultural e econômica do estado do Ceará. É um espaço cultural que proporciona educação, cultura, lazer e diversão para o público em geral. Além da valorização do caju, o museu também trabalha com 20 comunidades do interior do estado, produtoras da fruta, incentivando a cajucultura na região.
Com esse incentivo, os produtores do caju enviam peças de artes para o museu com a temática do caju e produtos derivados para serem divulgados e comercializados no espaço.
“Aqui a gente trabalha as artes, o artesanato, a literatura popular através do cordel, a gente trabalha fotografia. Então, tudo que a gente pode incentivar esses artistas pra que a gente possa ter o tema Caju em evidência”, concluiu.
Diante da importância desse fruto, o abaixo-assinado on-line para transformar o caju em emoji nas plataformas digitais segue de vento em polpa. A petição precisava ter o apoio de 7,5 mil pessoas para chamar a atenção dos tomadores de decisão. Atualmente conta com mais de 11 mil assinantes. Para assinar a petição e ajudar na valorização desse símbolo nordestino, acesse o site: change.org
Edição: Elen Carvalho