Se você já se perguntou como seria explorar o fundo do mar e compreender melhor a vida marinha, o Projeto Coral Vivo tem oferecido essa oportunidade para alguns voluntários. Este projeto tem atraído interessados em aprender sobre a conservação marinha e o monitoramento da saúde dos recifes de coral. Confira:
Os voluntários têm a oportunidade de aprender que os recifes de coral são estruturas vivas que, apesar de cobrirem apenas 1% do fundo dos oceanos, abrigam um quarto de todas as espécies marinhas, incluindo uma enorme diversidade de algas, peixes e outros organismos.
Segundo Flávia Guebert, coordenadora do projeto, desde 2006, o Projeto Coral Vivo, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental, visa promover a conservação e a sustentabilidade socioambiental dos ambientes recifais e coralíneos do Brasil por meio de pesquisa, educação, políticas públicas, comunicação e sensibilização.
“A gente realiza pesquisas puras e pesquisas aplicadas em unidades de conservação. São pesquisas relacionadas à reprodução de corais, como os corais se alimentam, como eles dependem da temperatura, sobre o branqueamento dos corais, então são muitos assuntos relevantes que o Coral Vivo atua. Por exemplo, nós executamos um experimento muito grande no ano passado com relação a poluição de ferro, porque, há uns anos, aconteceu aquele rompimento da barragem de Mariana e houve uma contaminação com ferro muito grande nos rios, oceanos e recifes de coral, então a gente tem avaliado esses efeitos através de experimentos controlados em laboratório”, afirmou.
Atualmente, o projeto está vinculado ao Instituto Coral Vivo e é realizado por 13 universidades e institutos de pesquisa. A sensibilização e mobilização da sociedade em relação à importância dos ambientes coralíneos e sua preservação são aspectos fundamentais que podem ser alcançados por meio da educação. O Projeto Coral Vivo tem levado o conhecimento sobre a costa e a vida marinha para escolas e universidades, além de conscientizar líderes comunitários, segmentos de pesca e profissionais de turismo.
E quando o projeto não vai até instituições, ele leva o participante ao mar. Foi essa experiência que seis voluntárias de comunidades tradicionais do sul da Bahia puderam vivenciar. Entre elas, cinco indígenas da etnia Pataxó tiveram, pela primeira vez, o contato com o mar.
“Para os indígenas, o que a gente faz é só mostrar o mar porque eles já têm esse cuidado. Eles são cuidadores da natureza por vocação e já estão nesse território, são povos originários, estão nesse território desde sempre. Então, o nosso papel é mostrar as belezas do mar e mostrar a técnica. Então, a ideia foi justamente de trabalhar esse grupo, esse segmento, que já tem como natural em si essa questão pra que possam levar pra frente essas informações”, concluiu Flávia.
A conservação marinha é fundamental para a manutenção da biodiversidade e do equilíbrio do ecossistema marinho. O Projeto Coral Vivo tem desempenhado um papel crucial na conscientização e mobilização da sociedade sobre a importância da preservação dos ambientes coralíneos, bem como na realização de pesquisas e ações práticas para sua conservação.
Através da formação e conteúdo, o projeto é capaz de gerar mudanças de hábitos, aproximar realidades e criar objetivos comuns entre todos os envolvidos. Para conhecer mais sobre as ações do Projeto Coral Vivo, acesse as redes @projetocoralvivo.
Edição: Elen Carvalho