No final da década de 1970, diversos movimentos populares e profissionais ligados à saúde mental passaram a fazer denúncias quanto ao tratamento de pacientes em hospitais psiquiátricos do Brasil. A partir dessas denúncias passou-se a questionar o cuidado com pessoas em sofrimento mental e a necessidade de uma Reforma Psiquiátrica, luta que permanece atual.
Para conversar conosco sobre os desafios da luta antimanicomial no Brasil, convidamos Ronaldo Pires do Fórum Cearense da Luta Antimanicomial e da Rede Nacional Internúcleos da luta antimanicomial (RENILA). Para entender a situação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) aqui no Recife e como acessar os serviços, convidamos Camila Serrano, terapeuta ocupacional e trabalhadora da RAPS.
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Dia Nacional da Luta Antimanicomial
A partir de uma iniciativa empenhada pelo movimento sanitarista e de trabalhadores em saúde mental, que tinha a participação da população e de familiares, um encontro realizado em 18 de maio de 1987 propôs a reforma psiquiátrica no Brasil e fez dessa data o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
Em 2001 é aprovada a Lei da Reforma Psiquiátrica que determinou que a política de saúde mental no país passasse por uma transição, com o fechamento dos leitos em hospitais psiquiátricos e o desenvolvimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Essa luta que vem desde a década de 1970, defende que o cuidado de pessoas com sofrimento mental se faz em liberdade completou 36 anos acumulando inúmeros desafios.
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O Prosa e Fato é um programa de entrevistas que debate os mais diversos temas a partir de uma visão popular. Ele vai ao ar na Rádio Paulo Freire 820 AM todas as segundas, às 12h, na Rádio Brasil de Fato e também nas principais plataformas de streaming, como Spotify e Google Podcasts.
Edição: Vanessa Gonzaga