Na próxima sexta-feira, 02 de junho, se completam 3 anos da morte de Miguel Otávio. A criança, que tinha cinco anos, foi abandonada em um elevador por Sarí Corte Real, ex-patroa da mãe de Miguel, que caiu do nono andar de um edifício de luxo no Recife e morreu na hora.
Mirtes Renata, que era empregada doméstica da família de Sarí à época e foi obrigada a trabalhar mesmo durante o período de isolamento social na pandemia, vem junto de diversos movimentos populares e entidades mobilizando um protesto na data que marca a morte do filho. Com o mote “Miguel: 3 anos sem justiça", a concentração do ato está prevista para às 14h, no Condomínio Pier Maurício de Nassau, conhecido como “Torres Gêmeas”, que foi onde a morte aconteceu.
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A sentença que condena a ex-primeira dama da cidade de Tamandaré, Sarí Corte Real, a 8 anos e meio de prisão foi expedida, mas ela recorre em liberdade. Ainda em 2022, a Justiça negou duas vezes o pedido de prisão preventiva e de retenção de passaporte contra Sarí. Presa em flagrante no dia do crime, a acusada também foi liberada após ter pago uma fiança de R$ 20 mil. Mirtes, que recorre da decisão, pede junto das organizações populares que a sentença contra Sarí seja aplicada.
Relembre o caso
No seu último dia de vida, Miguel Otávio Santana da Silva estava acompanhando o expediente da mãe como empregada da família de Sarí no edifício de luxo Píer Maurício de Nassau, um dos arranha-céus do condomínio conhecido como Torres Gêmeas, na área central da capital pernambucana.
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Mirtes havia saído para passear com o cachorro da família para quem trabalhava e o menino ficou com Sarí, que estava fazendo as unhas com uma manicure dentro do apartamento. Câmeras do circuito interno de segurança do condomínio mostram o momento em que a criança saiu de casa e entrou no elevador à procura de sua mãe. A acusada, então, apertou o botão do 12° andar e o enviou para a morte. Completamente sozinho, Miguel caiu da grade do corredor do nono andar, onde o elevador parou.
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Edição: Vanessa Gonzaga