Nesta sexta-feira, dia 7 de setembro, o Brasil vivenciou a 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, uma mobilização que há quase três décadas se estabeleceu como um dos pilares da luta por justiça social e igualdade no país. Com o lema deste ano, "Você tem fome e sede de quê?", o ato convocou a população a refletir sobre questões como a fome e a falta de acesso à água, se posicionando contra a privatização da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), medida que tem sido defendida pela governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB).
O lema anual do Grito é escolhido após um processo de debate e sugestões de uma ampla rede de articuladores e articuladoras de todo o Brasil. Ele sempre se conecta com a Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), refletindo a conjuntura política, social e econômica do país, bem como as lutas dos movimentos populares e sociais. No Recife, diversos movimentos populares se reuniram no Parque Treze de Maio, no bairro da Boa Vista, às 9h, para o ato. Centenas de pessoas caminharam pelo centro da cidade até o Pátio do Carmo, onde a mobilização foi encerrada.
Segundo Marcos Silvestre, coordenador do Grito dos Excluídos e Excluídas no Recife, o ato denuncia as desigualdades sociais. “Nós ainda temos muita gente na miséria, na pobreza e na exclusão social. O cidadão e a cidadã precisam participar das decisões políticas que impactam a vida das pessoas no seu dia-a-dia. Por isso o grito é uma forma da gente cobrar um país mais justo e mais democrático”, reforçou. Em seus 29 anos de existência, a mobilização mantém seu lema permanente "Vida em Primeiro Lugar!".
Edição: Helena Dias