No Brasil, a maioria das grandes empresas de comunicação são gerenciadas por homens, brancos e do sudeste do país. Esse monopólio da comunicação se reflete de diversas maneiras, inclusive na pouca diversidade de narrativas e pautas a serem abordadas. A democratização da comunicação é importante para possibilitar a pluralidade perspectivas e narrativas, para que o povo das periferias, pessoas negras e indígenas possam falar por si para todas as pessoas.
O programa Prosa e Fato dessa semana se dedicou a falar sobre os desafios da construção de uma comunicação antirracista. Quem conversou com o Brasil de Fato Pernambuco foi Ivson Henrique, radialista e co-fundador do Coletivo Obirin, um coletivo negro de comunicação e também Raquel Kariri, jornalista, fundadora Escola Livre de Ancestralidades Kariri e colunista da Afoitas.
O projeto "Perfil Racial da Imprensa Brasileira", lançado em 2021, apontou que o número de jornalistas negros nas redações brasileiras é quase três vezes menor do que a de jornalistas brancos. Os dados apontaram que existem 20,01 % de negros; 77,6% de brancos e 0,2% de indígenas nas redações brasileiras. Apesar deste ser o perfil das redações, uma série de coletivos de comunicação têm surgido justamente no intuito de trazerem novas vozes e territórios.
Sintonize
O Prosa e Fato é um programa de entrevistas que debate os mais diversos temas a partir de uma visão popular. Ele vai ao ar na Rádio Paulo Freire 820 AM todas as segundas, às 12h, na Rádio Brasil de Fato e também nas principais plataformas de streaming, como Spotify e Google Podcasts. Você também pode ouvir o programa dando play no áudio aqui da matéria.
Edição: Helena Dias