Um grupo de cerca de 300 mulheres protestaram na sede estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizado no bairro dos Aflitos, Recife. Elas levaram uma pauta de reivindicações para apresentar ao superintendente regional do Incra, Givaldo Cavalcante Ferreira. A ocupação durou poucas horas e se deu de maneira pacífica. Após apresentarem suas pautas, as mulheres se dirigiram ao centro do Recife, onde se somaram à passeata.
As reivindicações apresentadas ao Incra incluem bancos de sementes, estímulo à produção de alimentos agroecológicos e o combate ao feminicídio em seus territórios. “Ocupamos a sede do Incra também no Sertão, mas este ano optamos por não fazer em forma de acampamento”, conta Fabíola Amaro, da direção estadual do MST em Pernambuco. “Agora vamos acompanhar o andamento das nossas reivindicações pressionando os governos, principalmente a pauta do combate ao feminicídio nos nossos territórios”, completou.
Elas levavam faixas com dizeres reforçando a luta pela terra, por soberania popular e alimentar e por autonomia das mulheres sobre seus corpos. O grupo também destaca a solidariedade com as mulheres palestinas, que estão sendo mortas e tendo seu território invadido por Israel.
Participaram do protesto mulheres de zonas rurais na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata e Agreste do estado. Essas mulheres são vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento Camponês Popular, Movimento Brasil Popular e Levante da Juventude.
Edição: Helena Dias